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Cunning Folk seria algo como povo astuto ou hábil, que numa interpretação seria dito como gente sábia, algo muito próxima à base da Bruxaria Tradicional de raiz ou campesina. O termo direciona a pessoas ligadas a práticas magistas populares entre o século XV até o começo do século XX. Em Portugal e Espanha são conhecidos como benzedeiras e curandeiros. Temos autores como Willem de Blécourt, Katherine Briggs e Owen Davies têm focado seus estudos nas práticas e crenças populares, divulgadas e aceitas por historiadores e folcloristas. Na Escandinávia e Suécia eram conhecidos por serem pessoas mais idosas geralmente membros da comunidade, que atuavam com fitoterapias, medicina alternativa, parteiras e utilizavam de magia popular tal conhecemos como simpatias e o uso de rezas e rimas mágicas. Tal como em 1600 com os julgamentos por bruxaria, hoje ainda encontramos julgamentos e preconceito dessas técnicas, julgadas como superstições ou charlatanismo. Citamos Brita Biörn de Gotland, disse no tribunal que aprendeu a curar os doentes, quando ela passou algum tempo no submundo , e ela foi condenada à prisão de 1722 e 1737. Apensar da punição de "curandeiros" na Suécia só parecia ter o efeito oposto; cada vez mais pessoas buscam desta medicina popular e mágica. Existem muitos exemplos conhecidos de "curandeiros", muito além de suas fronteiras regionais de atuação, como Ingeborg de Mjärhult em 1700 e Kisamor e Gota-Lena 1800, na Noruega, algumas mulheres como Sæther Mor (1793-1851), Anna Brandfjeld (1810-1905) e Valborg Valland (1821-1903) alcançaram fama nacional. No século 19 na Noruega tinham pelo menos um curandeiro por região, tal era a credibilidade nas crenças tradicionais nativas, porém os conhecimentos das mesmas entraram em declínio devido a fatores diversos da sociedade, que vão da falta de pessoas interessadas até a globalização e erradicação cultural/ folclórica. Na Grã-Bretanha o termo "sábio" ou "esperto" é muito utilizado no sul da Inglaterra, como no País de Gales, outros nomes que são usados em língua nativa são "hysbys dyn" (galês) e "Pellars" (Cornualha) alguns etimologistas mencionam a origem em "expellers", referindo-se à prática de banimento de espíritos malignos. Algumas práticas magistas e encantos nasceram do politeísmo anglo-saxão e continuaram a serem usadas mesmo após o período de cristianização. A Lei de Bruxaria em 1542, promulgada sob o reinado de Henrique VIII, que visava tanto bruxas e curandeiros, e que previa a pena de morte para crimes como o uso de invocações e conjurações foi revogada em 1547 aproximadamente, sob o reinado do filho de Henry Edward VI e novamente restabelecida sob Elizabeth I. Em 1563, após a devolução do poder aos anglicanos, um projeto de lei foi aprovado pelo parlamento projetado para ilegalizar "Conjurações, Encantos e BruxariaS", mais uma vez sendo destinadas a ambos os supostos feiticeiros e curandeiros, entretanto esta lei não foi tão dura como a sua antecessora, com a pena de morte. Com o declínio da caça às bruxas no final do século XVII, em parte devido ao Iluminismo, entra uma nova lei em 1736, diferentemente da legislação anterior, esta não aceitava a existência da magia, e tomou a opinião de que nunca houvera qualquer bruxas retratando como práticas fraudulentas expressamente concebidos para enganar os crédulos a fim de ganhar dinheiro com eles.
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Já na Itália estas crenças tradicionais variam de região para região, utilizando nomes que incluem praticos (sábios), guaritori (curandeiros), fattucchiere (bruxas), donne che aiutano (mulheres que ajudam) e mago maga, ou maghiardzha (feiticeiros) e Streghe (bruxas). A crença folclórica italiana sobrevive até hoje, assim relata a socióloga Sabina Magliocco. Como no resto da Europa, o principal papel destas pessoas é ligada à cura, tanto através do uso de ervas como também da cura espiritual.Estas antigas crenças continuam a prevalecer dentro do Catolicismo Romano, que é evidente a partir do uso de amuletos e orações que, muitas vezes apelar à ajuda dos santos. As ferramentas mágicas geralmente incluem cordas ou cordões para amarrar, facas ou tesouras para cortar a doença, e os espelhos e as armas para refletir ou afastar os espíritos malévolos.
fonte; bruxariatradicional.blogspot.com
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