E este Sol que me é tão solo quando sem a Lua
E o amante busca a penumbra e o entardecer
Entre os mundos para te encontrar e lá estar seguro
Em seu ninho de aconchego e tranquilidade
Saborear parte a parte do seu ser
Do perfume entre seus cabelos
Tocar com os lábios o teu pescoço
E ali repousar por um minuto
De olhos fechados, sentindo um momento de tranquilidade
Esse momento tão prazeroso, onde os pensamentos se vão
E nada mais importa nesse universo
Nem crenças ou atribuições
Nada além de um momento de penumbra
Descendo as minhas mãos sobre os teus ombros
Sentido o calor e a pele arrepiada até chegar em sua cintura
Deixe teu corpo quente junto ao meu, que esta tão frio e solitário
Que me esquente a alma e como um lampião ilumine meus olhos
E lá sobre o silêncio do quarto, repouso ao teu lado
Tua conjunção astral sempre me liberou de minha carne
Para que as prisões do meu ser desmoronassem
E ali eu fosse o que sempre soube
E nada mais me importa do que braços e pernas
Toques e beijos
Sopros e olhos desejosos
E todo o que não me pertence se vai e fico em paz
E por horas me ascendo tal como monges demorariam uma década
E os espelhos refletem uma pintura de nossas formas tão clássicas
Belos quadros de Botticelli
E ali sobre os lençois repousamos para que a Lua se torne protetora desta noite
Boa noite minha amada.
NN
o escriba
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