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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Os Enigmáticos Aportes



Aportes são surgimentos repentinos de objetos provindos de locais diversos que não apresentam qualquer limitação perceptível em suas ocorrências: desde frutos até cães e pássaros, tudo parece passível de ser aportado. Na maioria das vezes, os momentos exatos das aparições não são testemunhados, e as peças aportadas desaparecem também subitamente; em outros casos, as entidades espirituais fazem questão de que os objetos sejam examinados e fotografados.



Um pássaro de metal está surgindo próximo à mão direita (veja no detalhe que segue abaixo)

 Um dos mais misteriosos fenômenos com que os pesquisadores se defrontaram é o dos aportes aparecimento súbito de objetos provenientes de outros lugares. Aportes de frutos, flores, objetos caseiros, pedras, cacos de telha ou peças de madeira, vestuário e outros materiais têm sido repetidamente registrados em sessões de efeitos físicos e em casas infestadas de poltergeist, mas, apesar dos estudiosos classificarem os objetos por seu peso, pela substância que os compõe ou sua forma, não foi possível ainda descobrir os que melhor se adaptavam ao fenômeno. Todos parecem aportáveis e nenhum deles, animado ou inanimado, vivo ou morto, deu mostras visíveis de ter sofrido com a misteriosa viagem.




Os aportes não devem ser confundidos com transportes ou materializações, ainda que as características que diferenciam os três sejam tênues. Essa confusão muitas vezes ocorre porque dois dos três fenômenos podem aparecer ao mesmo tempo, como no caso que apresentaremos a seguir, presente em Recherches Psychotogique ou Correspondence sur le Magnetisme Vital Entre un Sotitaire e M. Deleuze, do dr. G. P. Billot (Paris, I 839).

 Em urna sessão com três sonambulos e uma vidente cega, esta exclamou de súbito: “Há uma pomba, branca como neve, voando pela sala, segurando alguma coisa que cai de seu bico. É um pedaço de papel.” Logo depois, ela disse: “Deixou cair o papel aos pés de Madame J.” O pesquisador então viu o pacotinho no lugar indicado; dentro dele encontravam se três ossinhos colados a pequenas tiras de papel. Abaixo de cada fragmento estava escrito um nome: “Santa Maxime“, “Santa Sabine‘ e “Muitos Mártires“. A pomba voando pela sala poderia ser classificada como uma materialização, mas o pacotinho com os ossos seria um caso de aporte. .

Enfeites de Natal aportados em numa festa, em 1950, relatado por Thomas Harrison’s


INTELIGÊNCIAS OCULTAS POR TRÁS DO FENÔMENO

 Seria de se esperar que a chegada de um aporte fosse observada, mas não é o que ocorre. Os objetos simplesmente surgem, vindos de lugares desconhecidos ou de outros cômodos na casa. No livro Man’s Surviveal After Death, relata se o caso de um par de brincos que caiu dentro do cone de uma trombeta, a qual flutuava pela sala. Descobriu-se depois que eles pertenciam à marquesa Centurione Scotto. Em outra ocasião, um pote contendo remédio para corte e contusões, conservado num armário em outro cômodo, apareceu no canto do teto da sala, onde alguns membros da família estavam reunidos. Projetou-se contra a parede e foi cair sobre um piano aberto, fazendo as cordas vibrarem. Não havia ninguém por perto que pudesse ter arremessado o pote, as portas e janelas estavam cerradas e o reverendo Tweedale, que descreve o fenômeno, disse que a sala estava bem iluminada. Há outro detalhe curioso relacionado com o fenômeno do pote aportado. A mãe do sacerdote sofrera um corte no couro cabeludo e sua filha estava examinando o lugar ferido quando o remédio que ela teria de usar apareceu daquela estranha forma. A coincidência nos sugere que uma inteligência desconhecìda teria provocado o fenômeno. O mesmo sacerdote fala de outro aporte que também seria da autoria de uma inteligência a par do problema que estava sendo discutido, a perda de um molho de chaves. Tweedale subitamente viu um objeto brilhante voando perto do teto, que se precipitou sobre a cabeça de sua esposa, alcançando a com tanta força que ricocheteou e caiu a cerca de 3 metros de distância. Era o molho de chaves. Estes fenômenos ocorreram em 1910. Em 1911, uma chuva de pequenos objetos caiu sobre uma mesa, na presença de 6 testemunhas. Dois anos e meio depois, uma vara medindo mais de um metro de comprimento saiu da parede da sala, vagou pelo ar e depositou se sobre a mesa. Apesar de ter saído de dentro da parede, nenhum sinal foi notado na superfície. Todos os aportes acima descritos eram de objetos normais, materiais, que não se desfizeram, como costuma acontecer com alguns depois de uns poucos dias. Falamos de objetos que aparecem misteriosamente, mas existem alguns que somem sob a vista dos assistentes e surgem depois em outros lugares, que podem ser cômodos contíguos ou lugares distantes. Também se conhecem casos de objetos que se iniciam como uma pequena nuvem ou um bastão de fumaça. A mãe do reverendo Tweedale viu uma nuvenzinha em forma de tubo passar pela fresta na parte superior da porta, aproximar se da cama onde ela estava deitada e deixar um objeto em forma de bola cair sobre seu travesseiro. Pensando que seria um pequeno novelo de lã ou algodão, ela o pegou e, surpresa, viu que se tratava de um ovo de galinha. Após depositar o que trouxera, o tubo se ergueu no ar e voou em direção à porta, desaparecendo pela fresta de onde surgira. A mãe do sacerdote levantou se e correu para a porta para ver se havia alguém no corredor que pudesse esclarecer o que acontecera, mas não encontrou ninguém lá, nem no andar superior. .

                  Vários aportes

OS APORTES DE VEGETAIS

 Existem diversos relatos de nuvens que se condensam, formam objetos ou os carregam. Henry Sausse, o autor do livro “Des Preuves? En voilà” (“As provas? Ei las”), diz que observou pequeníssimas nuvens se formando na cavidade da mão de uma médium para, em seguida, transformarem se em flores ou pequenos galhos de rosas com folhagens. As flores e as folhagens parecem ser mais fáceis de aportar do que alguns outros objetos, pois são inúmeros os relatos de experiências bem sucedidas nessa área. A mediunidade de Mme. d’Esperance, por exemplo, devia ser adequada aos aportes de vegetais, pois em certa ocasião seu guia espiritual mandou que o diretor dos trabalhos, o doutor Reimers, colocasse uma garrafa com areia e água no chão e a cobrisse comum pano. Enquanto aguardava o desenrolar dos acontecimentos, os assistentes deviam cantar. Depois de algum tempo, observou-se o pano subindo lentamente, como se alguma coisa o estivesse empurrando por baixo. Quando ele foi levantado, a garrafa continha uma planta de bom tamanho, cujas raízes enchiam seu bojo e seguiam o contorno interno do vasilhame. O talo principal era tão grosso que também enchia o gargalo, provando que não fora colocado lá por meio de truques. Depois de observarem a planta, ela foi novamente c oberta e os assistentes recomeçaram seu canto. O segundo estágio ocorreu quando o pano foi novamente levantado e os assistentes viram, maravilhados, que uma coroa de flores brotara no alto. A flor tinha 10 centímetros de diâmetro e sua folhagem era lisa e brilhante, com 29 folhas. Algumas haviam caído, deixando sinais no tronco. A planta, reconhecida como sendo da família lxora crocata era natural da índia. Viveu 3 meses e depois secou. Yolande, entidade espiritual materializada que provocava esses fenômenos floridos, gostava de colocar um copo com água na mão de um dos assistentes, que recebia ordens para vigiá-lo atentamente. Ela então colocava seus dedos sobre o copo e, fixando a vista, causava o aparecimento de uma flor que o enchia. As flores variavam, rosas de diferentes tonalidades ou outras espécies. Certa vez ela trouxe, de lugar desconhecido, uma muda de lírio com quase 2 metros de altura e um belo cacho de flores perfumadas. Transportar a planta para a sessão não parece ter apresentado nenhuma dificuldade a Yolande; mas, depois de admirada e fotografada, a flor precisava ser devolvida e, por mais que tentasse, ela não se desmaterializava. Os assistentes então receberam instruções para colocar o lírio num lugar escuro, até que se conseguissem condições mais propícias. Isso ocorreu 7 dias depois, quando, ante os olhos dos pesquisadores, ele sumiu de forma tão misteriosa quanto aparecera. Na ocasião, a entidade explicou que o lírio fora emprestado na condição de ser devolvido ao seu legítimo dono, mas, por razões desconhecidas, não fora possível reunir o que era imprescindível para a desmaterialização, o transporte e a rematerialização do vegetal.




OBJETOS PRONTOS MAS INVISÍVEIS

 Na ocasião em que o pesquisador Alexandre Aksakoff (conselheiro imperial do czar da Rússia) estudava o aporte do lírio, perguntou à entidade como o fenômeno ocorria e foi lhe dito que, antes de se tornar visível, a planta já estava na sala, pronta, mas imperceptível. Essa explicação coincide com a que foi dada a um pesquisador de operações psíquicas, que estranhara a rapidez com que as cirurgias eram feitas. O médium disse que as intervenções principiam quando os pacientes estão nas filas e continuam durante o tempo em que, sentados, aguardam o momento de serem operados. Quando a operação propriamente dita é feita, mais da metade do trabalho já está concluída. Como vemos, não é possível fazer uma pesquisa honesta e séria de um momento para o outro, pois Aksakoff fez a sua pergunta a Yolande na Europa, em 1890, e o pesquisador que indagou do médium brasileiro sobre as cirurgias, fez a sua há menos de 10 anos, aqui no Brasil. Há ainda outro detalhe curioso relacionado ao famoso lírio. No momento em que ele se desmaterializou, os assistentes viram um pequeno pedaço de pano preso a uma de suas hastes. Estava tão agarrado que não era possível tirá lo sem rasgar o pano, mas, quando recebeu licença para desligá-lo da planta, Aksakoff o conseguiu sem dificuldade e o único sinal que permaneceu foi um pequeno buraco mostrando o lugar por onde o galho passara. O pesquisador mandou examinar o retalho, que estava impregnado de um estranho perfume. Era parte de uma faixa usada nas múmias e o perfume era aquele das resinas empregadas no embalsamamento. Tinha 2.584 malhas por polegada quadrada. Quanto ao fato dos aportes já estarem na sala antes das sessões, alguns videntes confirmaram que viram pequenas nuvens com tênues formas algum tempo antes do objeto se tornar visível. Os aportes, como já explicamos, não são delimitados por peso, material, qualidade ou temperatura. Numa sessão na Florence Spiritual Society, ouviu-se um estrondo, como se o candelabro, no alto do teto, houvesse desabado. Quando as luzes foram acesas o candelabro estava no seu lugar, mas no chão havia uma pedra de gelo medindo cerca de 30 centímetros de espessura. Em outra ocasião, na presença da mesma médium de efeitos físicos, a senhora Guppy, pesquisada por Alfred Russel Wallace, aportaram não só flores, mas cerca de 40 borboletas, que esvoaçavam ao seu redor. Algumas foram caçadas pelos assistentes e colocadas em caixas. .



ORIGENS DO MATERIAL APORTADO

 Muitos indagam de onde vêm os objetos. É uma pergunta difícil de responder, pois os aportes podem originar-se de lugares vizinhos ou de países distantes. A distância parece não importar. Em algumas sessões, comprovou-se que as plantas haviam sido colhidas de quintais ou jardins vizinhos; em outras, os exames de laboratório ou aqueles feitos por botânicos mostraram que eram de longinquas nações. Num caso, o ramo de flores foi simplesmente retirado de um carrinho do vendedor de flores. Quanto a outros objetos, especialmente os aportes de pedras preciosas e semipreciosas, os pesquisadores jamais descobriram sua origem e, como não eram devolvidos, a entidade espiritual encarregada dos trabalhos explicou que por vezes eles eram furtados. Por esse motivo, as entidades mais elevadas não gostam de aportar objetos valiosos. .



O pássaro de metal e outros objetos aportados em sessões de Webber

 CONTRARIANDO AS LEIS DA FÍSICA
 Ainda hoje, após anos de pesquisas feitas por inúmeros cientistas e sociedades dedicadas a esse fim, não se chegou a uma conclusão definitiva sobre a forma como os objetos são transportados de um lugar a outro. A mudança na sua temperatura como ocorre com as pedras jogadas em casas infestadas de poltergeist leva a crer que eles são desmaterializados, levados a outra dimensão e novamente materializados. No caso das folhagens aportadas na presença da senhora Guppy, que pareciam queimadas e tostadas, a explicação da entidade espiritual foi: “Electricity was the potent nipper” (“A potente tesoura usada fora a eletricidade”) O guia espiritural que trabalhava com o médium Daniel Douglas Home declarou que os objetos não passam através da matéria sólida, mas por fendas e rachaduras e William Crookes, no seu livro Reserches into the Phenomena of Spirilualisrn (“Pesquisa dos Fenômenos Espiritualistas” ), disse que depois que diversos fenômenos ocorreram, se falou sobre a possibilidade de a matéria passar através de substâncias sólidas. Recebeu-se, então, uma mensagem ( . . .): “É impossível para a matéria passar através da matéria, mas nós vamos mostrar o que podemos fazer.” Todos esperaram em silêncio. De súbito, viram uma luminosidade pairando acima de um buquê de flores e um pedaço de capim de mais de 30 centímetros de comprimento formou se no centro e começou a erguer se. Depois caiu sobre a mesa em frente ao vaso e ao senhor Home. Mas não parou quando alcançou a mesa, atravessando-a por uma estreita fenda. Quando, após a sessão, mediram a haste, constatou se que seu diâmetro era mais largo do que a fresta, mas que ela não sofrera qualquer dano. Outros guias espirituais e os próprios pesquisadores discordam do espírito que transmitiu essa informação, alegando que há evidências de que diversos objetos sólidos já passaram através de outros de igual consistência; entre outros exemplos, anéis foram retirados de correntes presas em ambas as pontas ou de pernas de mesa firmemente plantadas no chão e nós desmanchados em fios com ambas as pontas pregadas à mesa. A esse respeito, um caso foi narrado pelo famoso médium inglês Stainton Moses. Ele possuía três anéis e numa experiência, passou-os por uma corrente, colocando um relógio numa das pontas e um pequeno barômetro na outra. Esses objetos foram guardados nos bolsos do lado direito e esquerdo do seu colete, com os anéis bem à vista. De repente, os presentes viram uma luz que surgia do canto da sala caminhando e se postando em frente ao médium, desaparecendo dentro da mesa. Naquele instante, ouviu se um leve tilintar metálico e os anéis caíram sobre a mesa. Haviam sido removidos da corrente, apesar de o relógio e o barômetro continuarem presos a ela. Dos poucos casos aqui relatados, vimos que o fenômeno ocorre em diversas formas. Sólidos inanimados passam através de substâncias semelhantes; vegetais passam através de fendas ou rachaduras; através de substâncias sólidas; continuam crescendo; não deixam marcas de sua passagem; não morrem, apesar de terem sido desmaterializados e rematerializados; continuam não só crescendo, mas até florindo; objetos são furtados ou emprestados; são devolvidos ou não; andam pelos tetos; ficam no chão; são arremessados; são dirigidos por alguma inteligência desconhecida que deve saber o que se passa; não costumam ferir as pessoas, apesar de ser arremessados (em alguns casos) com força; em caso de poltergeists, só se movimentam quando as pessoas não estão olhando; em outros casos, as entidades espirituais querem que sejam examinados, apalpados e até fotografados.

fonte: www.imagiklan.com.br

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