Bom, não sei em que época se passou a estória que vou contar (uns dizem que foi nos anos 80), mas ela é tão contada aqui em Maceió, que já foi notícia no jornal, tem bloco de carnaval com o nome mulher-da-capa-preta e eu pessoalmente já fui ao túmulo dela no dia de finados (mandaram fazer uma capa de cimento estendida), e até dizem que foi real...bom la vai:
Um jovem estava se divertindo em uma boate, quando conheceu uma moça muito bonita que dançou pra caramba com ele e lhe deu um beijo (não se ficava nesse tempo). Quando foi levá-la em casa, ele percebeu que ela estava muito gelada e lhe emprestou a sua capa preta de motoqueiro pra ela se aquecer. Acontece que ela insistiu em não ficar na porta de casa e ele acabou deixando ela perto de um cemitério. Antes de ir embora ela escreveu o endereço pra ele ir buscar a capa. No dia seguinte ele bateu na porta do endereço dado e uma mulher atendeu. Ele contou o ocorrido, mas quando falou no nome Carolina, a mulher foi grossa com ele e disse que a brincadeira era de extremo mau gosto pois sua filha havia morrido já a algum tempo. Diante da insistência dele, ela pediu pra ele descrevê-la, e se surpreendeu quando as características dadas batiam certinho com a foto que ela mostrou na parede (com flores ao lado) da filha morta. Ele não acreditou, então ela o levou pessoalmente ao túmulo da filha, onde estava a sua capa estendida e o nome Carolinna Sampaio Marques com datas em algarismo romano e uma foto da moça.
Esta lenda foi enviada por Issac. Abaixo, transcrevo uma opinião enviada pela leitora Kalyma para mim sobre este caso:
Essa história é muito antiga aqui em Maceió, eu moro na rua em frente ao cemitério da Piedade, já fui lá várias vezes, tenho fotos do túmulo (a foto acima ela que enviou). Essa família viveu aqui no bairro do Prado, e foi uma das antigas mantenedoras da Santa Casa de Misericórdia. Sobre o fato de a mulher ter morrido com 52 anos, mas aparecido como uma jovem, também me questionei sobre isso, mas consta que certas aparições assumem a forma / aparência de algo que realmente precisassem. No caso, ela era uma mulher sozinha, com medo de nunca se casar (ao que parece ela não se casou mesmo, pois vivia doente, tuberculose), e foi com essa insatisfação para o túmulo, e assumiu, no dito baile, no início do século 20, a aparência de uma moça, que seria mais desejável que de uma mulher madura, e já passada da idade de casar.
A história NUNCA se passou numa boate, e nem dançou sensualmente, mas foi nos antigos bailes da alta sociedade, onde as mulheres iam muito bem trajadas, e os homens, perfeitos cavalheiros (pelo menos na aparência), sempre tentavam cortejar as ditas damas. A lenda conta que ela foi a um desses bailes, bem trajada, linda mesmo, como deveria ter sido na sua mocidade, e um rapaz se interessou por ela, e passaram um bom tempo juntos, mas ela dizia que não podia ficar muito, pois saiu de casa contra a vontade dos pais, por se encontrar adoentada, e que não deveria se expor à friagem da noite em demasia. Como ele tivesse gostado muito dela, e da sua companhia, se ofereceu pra acompanhá-la em casa, mas ela se recusou terminantemente, até pra evitar problemas em casa. Tanto ele fez, que acabou que ela aceitasse sua capa, já que ela mesma tinha dito que estava adoentada, e ao mesmo tempo que serviria de pretexto para que ele a procurasse em outra oportunidade. Marcado um novo encontro, e ele com o endereço em mãos, ela se foi e ele permaneceu na festa. Tão logo ele pôde, foi até a casa dela, atrás da "moça" e da capa em questão.
Chegando lá, o óbvio: família aturdida, em choque, informando que não tinha ninguém com o nome informado morando lá, mas que era o nome da filha, mas que ela já tinha morrido. E ele se recusando a acreditar, achando que estava sendo vítima de uma peça. Conversa vai, conversa vem, e eles vão ao cemitério (moravam perto), para que a família mostrasse o túmulo dela.
Chegando lá, ele vê o túmulo, e a sua capa em cima, não restando mais dúvidas sobre o que aconteceu.
O cemitério em questão é o mais antigo de Maceió, o bairro do Prado é um dos mais antigos e tradicionais da cidade, onde as antigas famílias de posses tinham suas grandes casas e muitas estórias do tipo ainda são contadas pelos mais velhos. Meu avô foi mestre de obras, construiu muitos túmulos para as famílias abastadas e sempre me falou dessa história, até porque ele conhecia pessoas da família, pois foi contratado para fazer outros túmulos para eles. E no dia que eu tirei essas fotos, por coincidência, tinha um grupo de Juazeiro do Norte que estava na cidade, rezando o Ofício das Almas na capela do cemitério. Eles percorrem várias cidades do Brasil, na época de Finados (a foto foi feita no dia 01/11/04 a noite, por volta das 21h), rezando o dito ofício, e se penitenciando. São homens, jovens e idosos, que praticam essa antiga forma de ritual, para acalmar os espíritos de falecidos em situações terríveis, como acidentes graves, crimes, etc. e cobrem o rosto e andam com instrumentos de penitência.
Fonte: Sobrenatural.Org
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