Meu amigo trabalhava em uma funerária, e me relatou um dos seus dias como agente funerário.
Era um dia normal no seu setor de trabalho. Era mais ou menos meio dia, e ele resolveu ir almoçar, pois não havia trabalho naquela hora.
Quando ele estava almoçando o telefone tocou. Era o dono da funerária dizendo que havia trabalho. Ele saiu de casa, foi até a funerária pegar a urna (era uma das mais caras e bonitas que havia) e partiu para o hospital. Ele não sabia o que estava prestes a acontecer...
Chegando lá foi direto para o necrotério. Lá estava o corpo de um senhor. Porte físico grande, e estava vestido todo de branco. Meu amigo achou que fosse um médico, mas não era.
Pegou aquele corpo e colocou na urna. A família estava resolvendo onde seria o velório, pois não podia ser em qualquer lugar. Ele, ouvindo isso, não imaginava o que estava por trás de todos aqueles que estavam ali. Resolveram então levar o corpo para uma roça no bairro do Lambari, perto de Gonçalves.
Chegando à roça, arrumou os paramentos e os castiçais de velas. Eles não queriam a imagem de cristo presente, então ele retirou a imagem. Momentos depois já estavam velando o corpo. O seu telefone tocou. Era pra ele voltar para a cidade para pegar as coroas de flores. Isso já passava das oito da noite.
Voltou para a cidade, passou em casa, tomou banho, jantou e voltou para onde estava sendo velado o corpo. Chegando lá já percebeu umas coisas estranhas, mas tudo bem. Saiu do carro com as coroas de flores nas mãos. Quando chegou à porta da casa, viu na sala que lá estava uma estátua de um cão de três cabaças na cabeceira da urna. As pessoas estavam encapuzadas e falavam coisas entranhas que ele não entendia.
Estava parado na porta, quando de repente chegou uma moça linda, que ele não sabe dizer de onde veio. Pegou-o pelo braço e puxou-o dali. Ela pediu pra ele deixar as coroas de flores ali mesmo no chão, pois ele não podia entrar na sala. De repente deu um estouro e uma risada muito sinistra e sentiu-se um cheiro forte que lhe embrulhava o estômago. A moça pegou-o pelo braço, e então foi levando-o pra fora.
A moça disse que ali naquele momento não era o lugar para ele estar, que tinha que sair dali antes que eles parassem com as cantorias estranhas. Foi saindo e ela lhe acompanhando com uma das mãos nas costas dele dizendo que era para ele ir embora com sua religião, e o que estava ali era para permanecer ali. Disse para ele ir e não olhar para trás. Quando entrou no carro e foi olhar para a moça, ela havia sumido.
Depois de uns dias ficou sabendo que eles faziam parte de uma seita satânica. Ele não sabe dizer o que fizeram com o corpo, pois havia sumido. Não foi enterrando em lugar nenhum e nunca mais viu ninguém da família. Mas foi um serviço que ele nunca vai esquecer.
Ele não desacredita que existem coisas ruins. Mas procura ser ele mesmo e dar valor nas pequenas atitudes de todos. E agradece a Deus todos os dias por estar aqui, para poder contar para vocês essa história sinistra.
Isso aconteceu em novembro de 2003.
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