Policiais civis, militares e bombeiros irão se reunir nesta terça-feira (24) em uma assembleia para discutir se irão iniciar uma greve para reivindicar melhores salários. As três categorias pretendem negociar com o governo estadual até o dia 10 de fevereiro, e caso não forem atendidos, ameaçam iniciar a greve antes do Carnaval.
Além do reajuste salarial, os policiais civis e militares, juntamente com o Corpo de Bombeiros, reivindicam a redução das parcelas do reajuste de agosto de 2010, prevista em 48 vezes, para 24 vezes.
A assembleia acontece a partir das 16h na sede cultural da Coligação dos Policiais Civis, no centro da cidade.
Também durante a assembleia, as três categorias irão definir os detalhes para uma caminhada prevista para acontecer no próximo domingo (29) na orla da praia de Copacabana, na zona sul do Rio.
Greve dos bombeiros:
No dia 3 de junho de 2011, cerca de 2.000 bombeiros ocuparam o Quartel Central da corporação, no centro do Rio. Diante do clima de tensão, o comandante-geral da Polícia Militar pediu aos manifestantes que deixassem o local, mas foi ignorado. Com auxílio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), a PM invadiu o complexo às 6h do dia 4. Houve disparos de arma de fogo, acionamento de bombas de efeito moral e confrontos. Os bombeiros foram levados presos para o Batalhão de Choque e depois transferidos para a Corregedoria da PM, em São Gonçalo. Na manhã seguinte foram levador para o quartel de Charitas, em Niterói.
No dia seguinte à invasão do Quartel Central, o governador Sérgio Cabral disse que não negociaria com vândalos e irresponsáveis e alegou que os protestos tinham motivação política e se defendeu dizendo que o governo tem planos de recuperação salarial para todos os militares desde 2007.
Porém, pressionado por dezenas de protestos e diante da grande repercussão do caso, Cabral anunciou aumento de 5,58% nos salários dos bombeiros, policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários.
Além do reajuste salarial a Alerj (Assembleia Legislativa) aprovou também o projeto de lei que permite o uso do Funesbom (Fundo Especial do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro) com despesa de pessoal. O fundo é fruto do recolhimento de taxas de incêndio, pagos pela população.
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