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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A PMERJ e suas armas

Ao ingressar na PMERJ me deparei com uma arma estranha, de aspecto antigo, superado. Seu calibre era o .45, a submetralhadora INA.


*Início da Segunda Guerra Mundial, quando os alemães invadiram a Dinamarca. Nesta oportunidade lá estava, em missão técnica, um oficial do nosso Exército: Plínio Paes Barreto Cardoso. Os dinamarqueses confiaram a ele alguns projetos de armas (inclusive o de uma metralhadora leve), que são trazidos por ele ao Brasil, para longe das mãos dos nazistas. Finda a Guerra, restituídos os projetos, o Dansk Industri Syndikat cede por gratidão os direitos da submetralhadora Madsen modelo 1946. Assim em 1949, presidida pelo então General R-1 Plínio Paes, é fundada a Indústria Nacional de Armas - INA, no bairro de Utinga, na cidade de Santo André, Estado de São Paulo. Deve-se ressaltar que esta submetralhadora granjeou uma fama, digamos que injusta, entre os seus usuários, de ser pouco confiável em ação, pois em seu uso ocorriam muitas falhas de tiro (negas), chegando ao ponto de que as iniciais do fabricante (I.N.A.) se tornaram uma cruel alcunha: "Isto Não Atira". Verdade seja dita, a culpa era da munição .45 ACP nacional, de baixa qualidade, munição esta que inclusive acompanhou a arma quando da sua entrega às forças policiais, piorando assim a fama da arma, devido à idade dos componentes dos cartuchos. Fonte: INA Nos anos que se seguiram, ela sempre esteve no cotidiano, na época, a PAZAN foi abolida do uso por ser uma arma perigosa, de grande poder de perfuração, já tendo causado morte de policiais por acidente. Dai a INA passou a ser a arma de uso coletivo em uso.




Além da munição não ser confiável, a INA apresentava sempre problema de falha, creio que por culpa de seu projeto de fabricação. Lembro que certa ocasião, ao entrar na comunidade da Mineira no catumbi, me vi encurralado e ao fazer uso desta arma, a munição ficou entalada no cano, não sendo mais possivel seu uso. Esta incursão só não teve um fim trágico pela rapida ação de apoio aéreo que permitiu nossa saida daquela comunidade sem sermos alvejados. No fim da decada de 80 as INAs foram recolhidas e adaptado seu calibre para 9 mm, a tornando uma arma mais eficaz, com cadência mais rápida e sem os problemas de "falhas" antes apresentados, creio que pela munição 9 mm nova em contrapartida com a .45 que eram antigas. No meu entender, o calibre .45 seria mais apropriado para uso urbano por se tratar de munição de impacto, diferente do 9 mm que é TRANSFIXANTE, podendo atingir alvo estranho após neutralizar o oponente. No inicio da decada de 90 vieram as MT 12, fabricada pela TAURUS, sendo réplica da Beretta Italiana.




                                                   MT 12 TAURUS
 Com o aumento do poderio bélico dos traficantes do Rio de janeiro houve a necessidade de armas mais letais que mantivessem o confronto mais equilibrado, assim, o E.B. doou fuzis FAL calibre 7.62 para a PMERJ. Peso 4,5 Kg, subir uma comunidade a pé se tornava uma carga excessiva com este peso.




                                                   Fuzil IMBEL 7.62
 Então, a PMERJ resolve modernizar seu arsenal de armas de emprego coletivo com a compra de fuzis. A Colt oferece o AR 15, de uso restrito de traficantes, mas, optou-se pelo PARA FAL calibre 5.56, arma adquirida pelo dobro do preço da americana e com o dobro do peso; a desculpa por esta opção foi que não se poderia comprar armamento importado quando existia similar nacional. Estranhamente a IMBEL
estava em negociação para sua privatização.




Finalmente vieram os fuzis COLT, adquiridos com a denominação "carabina", o COLT M4 americano entra finalmente na PMERJ. Arma leve e de facil manuseio, desde que o usuário esteja devidamente instruido.



Lembro que quando de sua chegada, uma demonstração de dez minutos habilitou aos disparos com a arma e fez o efetivo de uma Unidade "competente" para seu uso. Dai eles são incorporados no dia a dia PMERJ, não levando em conta as intempéries do tempo e a exposição à poeira, ocasionando falhas que tivemos noticias pela imprensa. Falha de armas A PMERJ põe a culpa nos PMs que não fizeram a manutenção preventiva e, havemos de raciocinar quanto a isso. Os PMs já chegam apressados para assumir seu serviço, não sendo possivel uma manutenção como o fazem os militares das FFAA, esta manutenção e limpeza deve ser feita por profissional habilitado, estando assim o armamento sempre limpo e em condições de uso. O risco é sempre a morte e isso não deve ser desprezado. Ricardo Oscar vilete Chudo

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