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domingo, 18 de setembro de 2011

Onde eles estão?

WASHINGTON ADALBERTO MASTROCINQUE MARTINS
("RAUL")

- Militante da ALN/SP.

- De março a setembro de 1969 foi aluno de um curso em Cuba. Fazia parte do III Exército da ALN - Grupo dos 28. Foi o Representante de "Toledo" no curso.

- No início de 1970 voltou ao Brasil, mas logo depois, regressou a Cuba, informando que no Brasil não havia infraestrutura para guerrilha.


- Após a morte de Marighela, em 4 de novembro de 1969, a Direção Nacional da ALN passou a ser exercida por Joaquim Câmara Ferreira, o “Toledo”. Aproveitando as circunstâncias, os cubanos influíram na indicação de Washington Adalberto Mastrocinque Martins (“Cmt Raul”) para ser o representante da ALN em Cuba.

- Em Cuba, recebeu 300 mil dólares para entregar na França; desertou e, em vez da França, fugiu para a Suécia. Foi condenado à morte pelos cubanos. Ao saber de sua sentença, ligou para a embaixada de Cuba na Suécia e jogou a mala de dinheiro na embaixada. Sua pena de morte foi suspensa e ele foi viver na Suíça.

- No inicio de governo de Mario Covas, foi nomeado chefe de gabinete da secretaria de estado de transportes metropolitanos de SP.

VERA SILVIA ARAUJO MAGALHÃES
(ANDREIA", "CARMEN", "MARTA", "ANGELA", "DADA")

- Organização Terrorista: Dissidência Comunista Guanabara (DI-GB) e MR-8

- Em abril de 1969, participou da III Conferência do MR-8

- Vera participou de diversos assaltos a banco, supermercados, postos de gasolina e carros-forte.

- Em setembro de 1969, participou do seqüestro do Embaixador dos EUA. (Ver "Verdade Histórica”)

- Em 16 de fevereiro de 1970, estouro do "aparelho" da Rua Montevideu, 391/201, Penha-GB, baleado o policial Daniel Balbino de Menezes, fugiu com outros terroristas.

- Em 06 de março de 1970, foi presa, levando um tiro de raspão na cabeça. Falou bastante.

- Em 15 de junho de 1970, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca do Embaixador da Alemanha, seqüestrado em 11de junho de 1970, no Rio de Janeiro, pela VPR e ALN (Ver "Verdade Histórica”).

- Banida do país, Vera morou na Argélia e no Chile com Fernando Gabeira (seu companheiro de sequestro e de banimento, com quem se casou), na Alemanha, na Suécia e na França.

- Em 1978, em Paris, nasceu seu filho Felipe.

- Vera Sílvia foi casada mais duas vezes, uma delas com Emir Sader.

- Morreu de infarto, em 19 de dezembro de 2007.


UBIRATAN DE SOUZA
("GREGORIO", "MAURICIO", "RAIMUNDO", "REGIS", "ROMUALDO")

- Foi militante da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P) e da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), tendo atuado no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

- De 02 de fevereiro a 18 de abril de 1970, participou do treinamento de guerrilha realizado pela VPR em Registro/SP.

- Em 1970, como integrante de uma Unidade de Combate da VPR em SP, participou de diversas ações armadas, dentre as quais ressalta o assalto, em 28 de setembro de 1970, à viatura da Rádio Patrulha nº 53, na Rua Alcindo Guanabara, perto da Av. Lins de Vasconcelos, quando o veículo foi incendiado e as armas - revólveres e metralhadoras - dos dois policiais foram roubadas.

- Foi preso em 02 de outubro de 1970.

- Em 13 de janeiro de 1971, foi um dos 70 militantes comunistas banidos para o Chile, em troca da vida do embaixador da Suíça. No mês seguinte, foi nomeado pelo próprio Carlos Lamarca para ser o coordenador das bases da VPR no Chile.

- Esteve em diversos países, dentre os quais Cuba e França. Regressou ao Brasil em Nov 79.

- Foi Secretário Especial de Orçamento e Finanças do Governo do RS, na gestão de Olivio Dutra, de 1999 a 2002.

THEODOMIRO ROMEIRO DOS SANTOS
("MARCOS", "THEO")

- Nasceu em Natal / RN, em 29 de dezembro de 1951.

- Foi militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).

- Na noite de 27 de outubro de 1970, em Salvador/BA, após ter sido preso, matou com um tiro nas costas o sargento da Aeronáutica Walder Xavier de Lima e feriu o agente da Polícia Federal Amilton Nonato Borges. Foi condenado à morte, pena essa comutada para prisão perpétua e, posteriormente, para 18 anos;

- Em 17 de agosto de 1979, fugiu da penitenciária da Bahia, conseguindo asilo na Nunciatura Apostólica e obtendo salvo-conduto para o exterior;

- Regressou ao Brasil em setembro de 1985, sendo recebido como "herói",

- ingressando no PT, afirmou que não se arrependia do crime que havia praticado e que faria tudo de novo;

- Tornou-se advogado em 1991, pela Universidade Federal de Pernambuco e, em 1993, passou no concurso para juiz do trabalho.

- Atualmente, é juiz do Tribunal Regional do Trabalho, no Recife/PE.

TARSO FERNANDO HERZ GENRO
("CARLOS, "RUI")

- Gaúcho de Santa Maria, nasceu em seis de março de 1947.

- É Aspirante R2 de Artilharia.

- Em 1966, atuava na UNE e era militante do PC do B. Atraído para a luta armada, saiu do PC do B e ingressou, em 1968, na Ala Vermelha.

- Em 1968 foi eleito vereador na cidade de Santa Maria/RS.

- Em 1970, ficou preso durante três dias no DOPS; solto, fugiu para o Uruguai.

- No início da década de 80, foi militante do clandestino Partido Revolucionário Comunista (PRC), sendo seu porta-voz, junto com o irmão.

- Com a criação do PT, ingressou nos quadros do partido no início da década de oitenta.

- Em 1986, foi eleito deputado federal constituinte pelo PT.

- Em 1988, foi eleito vice-prefeito de Porto Alegre pela Frente Popular, chapa encabeçada por Olívio Dutra, também do PT. Acumulou o cargo de vice-prefeito com o de secretário de Governo.

- Entre 1989 e 1990 teve rápida atuação como deputado federal.

- Em 1990, se candidatou pela primeira vez ao governo do Rio Grande do Sul, perdendo para Alceu Collares, do Partido Democrático Trabalhista (PDT).

- Em 1992, candidatou-se à Prefeitura de Porto Alegre. Foi eleito. Governou até 1996, quando passou o cargo de prefeito para Raul Pont.

- Em 2000, concorreu novamente à Prefeitura e foi eleito.

- Em 4 de abril de 2002, abandonou a prefeitura para concorrer novamente ao governo estadual. Perdeu para Germano Rigotto do PMDB.

- Após a derrota, foi convidado pelo presidente Lula para comandar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, função na qual ficou até o início de 2004.

- Em 2004, quando Lula fez a sua primeira reforma ministerial, Tarso assumiu o Ministério da Educação.

- Em 2005, com o escândalo do mensalão, Genro assumiu a presidência nacional do PT.

- Em 2006, com a reeleição de Lula, Genro passou a ocupar a pasta do Ministério das Relações Institucionais, e, em 16 de março de 2007, tomou posse como novo ministro da Justiça.

- Em 10 de fevereiro de 2010, renunciou ao cargo de Ministro da Justiça para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul, sendo eleito em 3 de outubro no 1º turno, com mais de 54% dos votos válidos.

- Assumiu o Governo do Rio Grande do Sul em 1º de janeiro de 2011

RAUL JORGE ANGLADA PONT
("RENE")

- Nasceu em Uruguaiana / RS, em 14 de maio de 1944.

- Em 1968, foi eleito presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

- Foi militante do Partido Operário Comunista (POC), tendo atuado no Rio Grande do Sul e em São Paulo, onde foi preso em 29 Ago 71.

- Retornou a Porto Alegre em 1973, e participou do Instituto de Estudos Políticos, Econômicos e Sociais (Iepes), organização ligada ao MDB.

- No início dos anos 1980, envolveu-se com as mobilizações sindicais que culminariam com o surgimento do PT.

- Foi secretário geral e presidente do PT do Rio Grande do Sul, membro da executiva nacional e tesoureiro.

- Em 1982 foi candidato do partido ao Senado, e em 1985, candidato a prefeitura da capital gaúcha. Não se elegeu nestas ocasiões.

- Em 1986, elegeu-se deputado estadual constituinte, sendo o líder da bancada nos dois anos seguintes.

- Em 1990 foi eleito deputado federal.

- Em 1992, Tarso Genro foi eleito prefeito, na chapa que tinha Raul Pont como vice.

- Em 1994, concorreu novamente ao Senado, sem sucesso.

- Em 1996, Pont foi eleito no primeiro turno, com 55% dos votos validos.

- Nas eleições de 2002, Pont foi eleito deputado estadual e retornou para a Assembléia Legislativa do RS.

- Em 2004, concorreu à Prefeitura de Porto Alegre. Foi o vencedor do primeiro turno (com 37,62% dos votos validos), entretanto, Pont foi derrotado no segundo turno por José Fogaça.

- Em 2005, com o escândalo do mensalão, Pont se candidatou a presidente do PT nacional. Membro da Democracia Socialista, corrente com pouca influência no Palácio do Planalto, Pont foi um dos membros do PT que defendiam a refundação do Partido. Mais bem votado nas eleições internas entre os oposicionistas, Pont foi ao segundo turno com o candidato do oficial, Ricardo Berzoini, do Campo Majoritário, mas acabou derrotado.

- Em 2006 e 2010 foi reeleito para ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa gaúcha.


RAFTON NASCIMENTO LEÃO
("GORDO", "MENDES")

- Originado de Goiás, militou no Comando de Libertação Nacional (COLINA) e, posteriormente, na Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P), onde participou, em setembro de 1969, do seu I Congresso, realizado numa casa em Teresópolis.

- Em Nov 70, fugiu para o Chile e, posteriormente, esteve em diversos países, como a Argentina, a Suécia e Moçambique.

- Regressou ao Brasil em Set 80, sem nunca ter sido preso.

- Em 2002, foi Assessor Chefe de Planejamento e Controle e Chefe de Gabinete do Secretário do Trabalho do Rio de Janeiro, Jaime Wallwitz Cardoso, no Governo Garotinho.

- Teve seu processo deferido pela Comissão de Anistia do Estado de Goiás, que lhe concedeu uma indenização (parcela mensal) no valor de R$ 2.400,00.

É representante do Rio de Janeiro no Diretório Nacional do PSB


NILMARIO DE MIRANDA
("AUGUSTO", "GUSTAVO")

- Nasceu em Teófilo Otoni / MG, em 11 de agosto de 1947.

- Em 1964, chegou a participar de reuniões da Ação Popular, ligada à ala esquerda da Igreja Católica.

- Em 1965, passou a militar na organização revolucionária clandestina POLOP (Política Operária).

- Participou, em Abr 68, em Santos/SP, do Congresso de Fundação do Partido Operário Comunista (POC), quando foi eleito membro suplente do Comitê Nacional (CN), passando para membro efetivo ainda nesse ano.

- Em janeiro de 1969, participou da Reunião Ampliada Nacional, realizada numa casa de praia em Tramandaí/RS.

- Em fevereiro de 1970, contrário à luta armada, passou a integrar um "racha" do POC, denominado de Tendência Proletária. Dois meses depois, participou do Ativo Nacional dessa Tendência, que deu origem à Organização de Combate Marxista Leninista - Política Operária (OCML-PO), da qual foi eleito suplente do CN.

- Passou a atuar em São Paulo, onde foi preso em 1º de maio de 1972. Ficou preso durante três anos e um mês, tendo sido libertado em 1975.

- Após ter sido solto, voltou à militância, desta vez na área sindical, na região de Belo Horizonte.

- Foi um dos fundadores do PT e da CUT

- Foi Deputado Estadual em Minas Gerais de 1987 a 1990.

- Eleito, em 1990, para o cargo de Deputado Federal pelo PT/MG, foi reeleito para mais dois mandatos. Sempre se destacou pela defesa dos comunistas e terroristas que tanto pavor levaram à família brasileira. Entre 1991 e 1994, no Congresso, foi o presidente da Comissão Externa dos Desaparecidos Políticos e, em 1996, por ser o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, foi nomeado membro da Comissão Especial dos Mortos e Desaparecidos Políticos.

- Em agosto de 1999, aproveitando os dados levantados pela Comissão dos Desaparecidos, lançou o livro "Dos Filhos deste Solo", escrito em parceria com o jornalista Carlos Tibúrcio.

- Despediu-se do Congresso Nacional em 31 de janeiro de 2003.

- Foi candidato ao governo de Minas Gerais em 2002 e 2006, perdendo em ambas para Aécio Neves.

- Durante os anos de 2002 a 2005, no governo Lula, foi o primeiro ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos.

- Foi presidente do PT em Belo Horizonte (1999-2001), do PT mineiro (2005-2007) e membro da Comissão Executiva e do Diretório Nacional.

- É atualmente presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA).

MARCIO MOREIRA ALVES
("MARCITO")

- Nasceu em 14 de julho de 1936 no Rio de Janeiro. Seu pai foi Prefeito de Petrópolis e sua família era proprietária do celebrado Hotel Ambassador, no Rio de Janeiro, onde funcionava o Juca's Bar, ponto de encontro de intelectuais e políticos na década de 1960.

- Inicialmente apoiou o movimento militar de 1964, porém, quando foi proclamado AI-1, tornou-se opositor do regime.

- Márcio Moreira Alves aderiu ao MDB e foi eleito deputado federal, em novembro de 1966, pelo antigo Estado da Guanabara.

- Em 12 de maio de 1968, em São Paulo, participou da reunião de fundação do MOVIMENTO POPULAR DE LIBERTAÇÃO (MPL)

- "Prosseguindo as atividades de aliciamento, o advogado e jornalista Sebastião de Barros Abreu foi contatado por Dejaci Florêncio Magalhães, do MPL, através do jornalista D'Alembert Jorge Jaccoud, então chefe da sucursal de Brasília do "Jornal do Brasil". A intenção do MPL, na realidade, era a de fazer contato com José Porfírio, o mesmo da "guerrilha" de Trombas e Formoso, de quem Sebastião de Barros Abreu já fora advogado e ainda era amigo. Dejaci desejava entregar a José Porfírio um documento de Arraes e Almino Afonso, no qual eram expostas as linhas básicas do MPL. Arraes pretendia acelerar o processo revolucionário e via, na figura de Porfírio, o líder para desencadear uma guerrilha rural em extensa área a Este do rio Tocantins, nos estados de Goiás e do Maranhão. Esse documento foi explicado aos jornalistas Sebastião Barros de Abreu e D'Alembert Jorge Jaccoud pelo deputado federal Márcio Moreira Alves, em seu próprio apartamento."

- É lembrado como o provocador do AI-5, ao proferir no início de setembro de 1968, como deputado, um discurso no Congresso Nacional em que convocava um boicote às paradas militares de celebração à Semana da Pátria e solicitava às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do Exército.

- Em 03 de dezembro de 1968, Marcio Moreira Alves proferiu um discurso no "PINGA-FOGO" da Câmara injuriando as Forças Armadas e qualificando seus quartéis como "Valhacouto de Gangsters".

- Em 12 de dezembro de 1968, Câmara dos Deputados rejeitou o pedido do Executivo de processar Marcio Moreira Alves.

- Em 13 de dezembro de 1968, foi promulgado o Ato Institucional Nº 05 (AI-5) e, em decorrência, no dia 30 de dezembro, Marcio Moreira Alves teve seus direitos políticos cassados.

- Logo após a cassação, em janeiro de 1969 participou da reunião do MPL na fazenda de seu pai, no RJ, para analisar o AI 5 de Dez 68.

- No início de 1969, Marcio Moreira Alves deixou clandestinamente o país com destino ao Chile, onde permaneceu até 1971. Durante esse período inicial de exílio percorreu a Venezuela, a Colômbia, o Equador, o Peru, a Argentina, a Bolívia, o México e os Estados Unidos.

- Em outubro de 1969, Arraes, Marcio Moreira Alves, Almery Bezerra e Everaldo Noroes criaram, em Paris, a Frente Brasileira de Informações (FBI).

- Em 1971 foi morar na França,

- Em 72, foi encarregado de restabelecer as atividades da FBI na Inglaterra, enquanto se definia a expansão da distribuição dos boletins da FBI a todos aqueles que pudessem colaborar com a sórdida campanha de difamação do Brasil.

- Em 15 Mar a 09 Abr 72, na Igreja São Clemente, em Nova York: A FBI realizou uma extensa promoção contra o Brasil, englobando conferências, debates, filmes e representações. O evento contou com a participação do teatrólogo Augusto Boal, do cineasta Gláuber Rocha e do ex-deputado Márcio Moreira Alves, dentre outros.

- Em 07 JUL 72, o comitê alemão da Amnesty International patrocinou, em Hamburgo, uma conferência de Márcio Moreira Alves, ocasião em que foi feita a propaganda de um de seus livros, contendo injúrias contra o Brasil.

- Entre novembro de 1973 e maio de 1974 viveu na cidade de Havana, onde deu aulas na Faculdade de Ciências Políticas.

- Em outubro de 1974, após a Revolução dos Cravos, foi morar em Lisboa, Portugal, tornando-se professor do Instituto Superior de Economia de Lisboa (atual Instituto Superior de Economia e Gestão).

- Retornou ao Brasil, em setembro de 1979, beneficiado pela Lei da Anistia.

- filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e, em novembro de 1982 concorreu a uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo estado do Rio de Janeiro, não obtendo êxito.

- Em 1983, no governo Franco Montoro em São Paulo, foi nomeado assessor de Luis Carlos Bresser Pereira na presidência do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), função que desempenhou até 1984, quando tornou-se assessor de Bresser Pereira na Secretaria de Governo do estado de São Paulo, permanecendo nesse cargo por dois anos, até 1986.

- Em 1986, mais uma vez, candidatou-se a deputado federal pelo PMDB e, mais uma vez, não obteve sucesso.

- De 1987 a 1990, esteve à frente da subsecretaria para relações internacionais do governo do estado do Rio de Janeiro.

- Em 1990, deixou o governo estadual a fim de montar uma empresa de assessoria para assuntos políticos – a Brain Trust Consultores Associados – em parceria com outros especialistas na área.

- Também em 1990, pediu desligamento do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e reiniciou sua atuação na imprensa, tornando-se colaborador do Jornal do Brasil e de O Estado de São Paulo.

- Em agosto de 1993, já colaborador eventual de O Globo, tornou-se colaborador permanente e, em seguida, colunista diário do jornal, encarregado de assuntos de política nacional.

- A partir de junho de 2004, acometido por grave problema de saúde, afastou-se da mídia.

- Faleceu no dia 3 de abril de 2009, na cidade do Rio de Janeiro.


MARINA OSMARINA DA SILVA FILHO

- Ex-seringueira e analfabeta até seus 16 anos.

- Foi militante das Comunidades Eclesiais de Base, ligadas à Igreja.

- Anos 80: Ingressou na Faculdade de História e passou a militar no PRC (Partido Revolucionário Comunista).

- Em 1984, com CHICO MENDES, fundou a CUT / AC.

- Em 1985, filiou-se ao PT, mas não conseguiu eleger-se Deputada Federal.

- Em 1988, foi eleita Vereadora pelo PT para a Câmara de Rio Branco / AC;

- Em 1990, foi eleita Deputada Estadual.

- Em 1994, foi eleita Senadora pelo PT, representando o Acre.

- Foi Ministra do Meio Ambiente do Governo Lula no período de 1º de janeiro de 2003 até 13 de maio de 2008.

- No dia 19 de agosto de 2009, anunciou sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT).

- Em 11 de junho de 2010, anunciou oficialmente sua candidatura à Presidência da República, em uma convenção do Partido Verde

- Ao final do primeiro turno, em três de outubro de 2010, obteve 19.636.359 votos, o que correspondeu a 19,33 % dos votos válidos, ocupando assim, o terceiro lugar na disputa, que seguiu para o segundo turno entre Dilma Rousseff e José Serra.

MARIA AUGUSTA CARNEIRO RIBEIRO
("GUTA", "ZAZÁ")

- Nascida em 1947, a mineira de Montes Claros foi aos EUA em 1964, num intercâmbio de estudantes.

- Ao regressar, ingressou na Faculdade Nacional de Direito e foi participar do movimento estudantil no Centro Acadêmico Candido de Oliveira, o "CACO", iniciando sua militância no PCB.

- Defensora da luta armada, ingressou na Dissidência do PCB na então Guanabara (DI/GB), mais tarde transformada no MR-8.

- Em outubro de 1968, foi presa pelo DOPS.

- Em 06 de setembro de 1969, foi a única mulher dentre os 15 militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do embaixador dos EUA, que havia sido seqüestrado dois dias antes.

- Do México, foi para Cuba, onde fez um curso de guerrilha.

- Em novembro de 1972, já morando no Chile, participou de uma assembléia do MR-8, que terminou num "racha": de um lado os "massistas", que continuaram (e até hoje continuam) com a sigla MR-8, e do outro, os "militaristas", defensores da continuação da luta armada, que adotaram a sigla "MR-8/CP", de "Construção Partidária". Este último grupo, mais radical, teve a liderança de "GUTA" e de Vladimir Palmeira, mas veio a dissolver-se no ano seguinte.

- Passou pelos seguintes países: Itália (onde fez uma cirurgia dentária), Argélia e Suécia, onde teve um filho e formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Artes e Ciências da Universidade de Upsala.

- Regressou ao Brasil após a anistia de 1979 e foi trabalhar na Companhia Vale do Rio Doce.

- Em 1999, trabalhava com seu marido na Editora da Rio Graphis.

- Em 2002, era a diretora de Produção e Comercialização da Fundação Santa Cabrini, um órgão da Secretaria de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que atua no sistema prisional.

- Em o8 de janeiro de 2003, a ex-guerrilheira foi nomeada Ouvidora Geral da Petrobrás, com um polpudo salário.

- Vítima de um acidente de carro, morreu em 15 de maio de 2009.

MARÍLIA GUIMARÃES FREIRE
("MIRIAM")

- Foi militante do Comando de Libertação Nacional (COLINA) e da Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares (VAR-P).

- Era casada com FAUSTO MACHADO FREIRE ("RUIVO". "WILSON"), militante do COLINA, que participou de diversos assaltos e foi preso em 28 Mai 69 (banido em 15 Jun 70).

- Em 01 Jan 70, levando seus dois filhos menores, participou, com outros 5 militantes da VAR-P, do sequestro do avião Caravelle da Cruzeiro do Sul, sequestrado logo apos decolar de Montevideu e levado para Cuba.


LUIZ SOARES DULCI

- Luiz Dulci nasceu em Santos Dumont, Estado de Minas Gerais, em 7 de janeiro de 1956.

- Nos anos 70 foi militante da tendência Liberdade e Luta (conhecida como Libelu), braço estudantil da trotskista Organização Socialista Internacionalista (OSI).

- Formado em Letras.

- Foi militante do movimento sindical dos professores e trabalhadores na Educação no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

- Em 1979 e 1980 coordenou as primeiras grandes greves dos trabalhadores do ensino público e foi fundador e primeiro presidente (1979/82) da União dos Trabalhadores do Ensino de Minas Gerais.

- Coordenou o movimento nacional que levou à criação, em 1980, do Partido dos Trabalhadores, tendo integrado, em 1980, a primeira Comissão Nacional Executiva Provisória do partido. Desde então, foi membro da Direção Executiva Nacional do PT. Foi secretário de Organização, de Cultura, de Políticas Sociais, de Assuntos Institucionais, vice-presidente e secretário-geral do PT, cargo que exerceu até 15 de março de 2003.

- Junto com Lula e outros dirigentes sindicais na época, foi um dos coordenadores do movimento que levou à fundação, em 1983, da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

- Em 1982, foi eleito deputado federal, membro da primeira bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados.

- Na Prefeitura de Belo Horizonte, foi secretário de Governo (1993/1996) e de Cultura (1997/1998), nas gestões de Patrus Ananias e Célio de Castro.

- Na Prefeitura de Belo Horizonte, foi secretário de Governo (1993/1996) e de Cultura (1997/1998), nas gestões dos prefeitos Patrus Ananias, atual Ministro do Desenvolvimento Social, e Célio de Castro.

- Foi Secretário-Geral da Presidência da República do Governo Lula..

LISZT BENJAMIN VIEIRA
("BRUNO", "FRED")

- LISZT BENJAMIN VIEIRA, também conhecido por "BRUNO" e "FRED", foi, sucessivamente, a partir de junho de 1968, militante das seguintes organizações comunistas: Comando de Libertação Nacional (COLINA), Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares (VAR-P) e Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

- Em 30 de janeiro de 1969, conseguiu fugir de um cerco policial ao seu aparelho na Rua Timbiras, 296, São Francisco, Niterói/RJ, quando foi presa a militante Vera Wrobel ("Ana").

- Em março de 1969, por razões de segurança, a COLINA decidiu deslocá-lo para Porto Alegre, junto com o também militante Claudio Galeno de Magalhães Linhares ("Aurelio", "Lobato"). Como delegado do Rio Grande do Sul da já então formada VAR-P (fusão da COLINA com a VPR).

- Em setembro de 1969, participou do I Congresso da VAR-P, que ocorreu numa casa em Teresópolis/RJ e que ficou conhecido como o "Congresso do Racha". Esta reunião provocou o aparecimento do "racha dos 7" e o ressurgimento da VPR. LISZT permaneceu na VAR-P somente por mais alguns dias e, quando escreveu o documento "Nada se nega à coluna", aderiu a um novo "racha", o "racha dos 4", e ingressou na VPR.

- No início de novembro de 1969, na Barra da Tijuca, participou do Congresso que reestruturou a VPR.

- Em 11 de março de 1970, em São Paulo/SP, participou ativamente do seqüestro do cônsul do Japão, Nobuo Okuchi.

- Em 21 de abril de 1970, LISZT foi preso em SP, juntamente com os militantes Ladislas Dowbor ("Abelardo", "Jamil", "Nelson") e Joaquim dos Santos ("Monteiro", "Antoninho", "Toninho", "Joca", "Martins")

- Em 15 Jun 70, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca da vida do embaixador da Alemanha.

- Regressando ao Brasil após a anistia, LISZT, formado em Direito e em Ciências Sociais, foi eleito, em 1982, deputado estadual pelo PT/RJ. Exagerando na apologia a Carlos Lamarca, o deputado LISZT, em pronunciamento na assembléia em 25 Ago 83, disse que seu ex-chefe na VPR havia sido o primeiro aluno da Escola Militar - quando, na realidade, foi um dos últimos.

- Durante a ECO/92, realizada no Rio de Janeiro, foi um dos coordenadores do Fórum Global.

- Atualmente, é professor da PUC/Rio e presidente do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

- É, também, defensor público.

LAERTE DORNELES MÉLIGA
("AMAURI", "FLAVIO", "SEBASTIÃO")

- Foi ativo militante da organização terrorista Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), no Rio Grande do Sul, onde participou de diversos assaltos. Preso em 12 Dez 69, foi liberado logo depois, pois os órgãos de segurança ainda desconheciam sua atuação.

- Em março de 1970, foi para São Paulo, onde se integrou a uma das Unidades de Combate da VPR, continuando a participar das ações armadas.

- Em janeiro de 1971, participou dos levantamentos que culminariam, em 15 Abr, com o assassinato do industrial Henning Albert Boilesen.

- Em 02 de fevereiro de 1971, foi preso em Porto Alegre, quando fora buscar mais munição para a VPR/SP. Falou bastante e, inclusive, entregou o "ponto" que teria com o militante Gregório Mendonça ("Fumaça", "Leônidas", "Marcos"), preso dois dias depois em São Paulo. Nada falou, entretanto, sobre o projetado assassinato do industrial Boilesen.

- Foi libertado em dezembro de 1974.

- Com a criação do PT, passou a fazer parte de seus quadros.

- No Governo Lula exerceu o cargo de Subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Fazenda.

- Foi militante da tendência Liberdade e Luta (conhecida como Libelu), braço estudantil da trotskista Organização Socialista Internacionalista (OSI).

- Formado em Adm de Empresas pela FGV / SP;

- Foi funcionário do Banespa de 1970 a 1999 e fez carreira como sindicalista.

- Filiado ao PT, foi deputado federal por três legislaturas, de 1987 a 1999.

- Foi coordenador das campanhas presidenciais de Lula em 1989 e 1998.

- Em 1º de janeiro de 2003, assumiu a chefia da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, com status de Ministro de Estado.

- Em 2005 Gushiken foi acusado de participação no escândalo do “mansalão”. Deixou a Secretaria de Comunicação, assumindo a função de Chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos, NAE. Deixou o governo definitivamente em 2006, pouco tempo após a reeleição de Lula.

- Hoje, defende-se em processos em curso junto ao Tribunal de Contas da União e ao Supremo Tribunal Federal..
LÚCIO BORGES BARCELOS
("RAUL")

- Foi militante da Fração Bolchevique Trotskista (FBT), no Rio Grande do Sul, tendo participado, no carnaval de 1970, da sua II Conferência Nacional.

- Foi preso em Abr 70.

- Era Secretário Municipal de Saúde da prefeitura de Porto Alegre/RS, até Dez de 2000.

- Em 21 de novembro de 2007, foi aquinhoado pela Comissão de Anistia que, na 122ª Sessão o declarou anistiado político, concedendo-lhe reparação econômica, de caráter indenizatório, em prestação única no valor correspondente a 210 (duzentos e dez) salários mínimos, equivalente nesta data a R$ 79.800,00 (setenta e nove mil e oitocentos reais).
JOÃO LUIZ SILVA FERREIRA
("JUCA")

- Nasceu em Salvador / BA, em 31 de janeiro de 1949.

- Juca Oliveira foi envolvido pela subversão muito cedo. Seu pai militou na juventude no partido comunista. O ambiente familiar facilitou, a Rádio de Havana era ouvida diariamente e militantes do PCB circulavam pela sua casa com freqüência. Em 1966 já estava pronto para militar no movimento estudantil. Seu recrutamento foi feito por José Carlos Prata.

- Em 1967, filiou-se ao Partido Comunista. Logo foi eleito secretário político da Direção Secundarista. Foi militante da dissidência do PCB, do PC do B, do PCBR e do MR-8.

- Ingressou na Escola Técnica Federal da Bahia em 1967 com o firme propósito de fazer militância política (recrutamento de novos militantes para a luta armada), já que ali se formava boa parte do operariado baiano para o Pólo Petroquímico.

- Em 1968, comandou uma greve na escola, na primeira grande manifestação estudantil baiana.

- Nessa época, Juca Ferreira começou a defender a luta armada e decidiu romper com o Partidão. Ao lado das atividades no movimento estudantil, ele começou a participar de treinamentos para a luta armada. Usava a fazenda do pai, em Alagoinhas, para treinar tiro. Seus irmãos Airton e Júlio também participavam da luta armada.

- Logo teve que ingressar na clandestinidade. Acabou indo para o Rio de Janeiro, onde passou a ter contatos mais atuantes na luta armada, Aderiu à Dissidência do Rio de Janeiro (DI/GB), que depois iria se transformar no Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Passou a manter contatos com Vladimir Palmeira, Franklin Martins e uma série de outros que acabaram seqüestrando o embaixador americano. Com esses contatos logo passou a ser o secretário político do MR-8.

- Em dezembro de 1968, Juca Ferreira afirma que foi eleito presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - Ubes, o que é contestado por ex-militantes do movimento secundarista.

- De volta a Salvador, em outubro de 1970, a polícia o prendeu na casa dos pais, quando durante uma rápida visita. Na prisão encontrou-se com o seu delator e o convenceu a mudar seu depoimento, inocentando-o. Em conseqüência acabou sendo solto e, novamente, voltou para a clandestinidade.

- No Rio de Janeiro passou a desenvolver uma série de ações armadas, em geral assaltos a bancos, fábricas, supermercados.

- Com a prisão de vários militantes, a estrutura do MR-8 estava esfacelada. Muitos haviam sido presos, alguns mortos e outros se refugiado no exterior. Nessa ocasião, a organização contava, apenas, com pouco mais de 15 militantes para realizar suas atividades, passando a atuar “em frente” com outros grupos. Em contrapartida, crescia o grupo do MR-8 no exterior, que contava com os militantes que fugiram para o Chile e com a adesão de membros de outras organizações. Grande parte do comando estava no Chile e as palavras de ordem do MR-8 passaram a ser ditadas daquele país.

- As divergências eram evidentes e havia uma divisão clara entre “militaristas” - que defendiam o imediatismo revolucionário - e “massistas” que, primeiro, queriam preparar melhor as massas.

- Em novembro de 1972, em Santiago do Chile, a organização convocou uma assembléia-geral, com o comparecimento de seus principais militantes, onde se oficializou o “racha”. Em dezembro, durante três dias, os “massistas” realizaram reuniões preparatórias para a assembléia que fariam ainda nesse mês, a qual foi denominada Pleno.

- No artigo primeiro dos “Estatutos Provisórios” aprovados no Pleno, o MR- 8 definia os objetivos da organização:

“Somos uma organização política marxista-leninista, cuja finalidade é contribuir para a criação do partido revolucionário do proletariado no Brasil, que assuma a vanguarda da luta da classe operária e da massa explorada, pela derrubada do poder burguês, pela supressão da propriedade privada dos meios de produção e pela construção da sociedade socialista como transição para a abolição da sociedade de classe e o ingresso numa sociedade comunista.”

- Em 1973, João Luiz Silva Ferreira - Juca Ferreira - fugiu para o Chile para encontrar companheiros de exílio e assumiu papel de destaque.

- Após o Pleno, a organização desenvolveu suas novas atividades com a direção geral dividida em duas seções:

a) do exterior (no Chile):- composta por João Luiz Silva Ferreira (Juca Ferreira), Carlos Alberto Vieira Muniz, João Lopes Salgado e Nelson Chaves dos Santos;

b) a do interior (no Brasil) – composta por Franklin de Souza Martins e Sérgio Rubens de Araújo Torres.

- Em fevereiro de 1973, Franklin retornou, clandestinamnete, ao Brasil, instalando-se em São Paulo e estruturando um Comitê Regional, dirigido por José Roberto Monteiro e Albino Wakahara, que passou a imprimir o jornal O Manifesto.

- A queda do presidente Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973, dificultou os planos iniciais da organização, com seus militantes fugindo do Chile e se reagrupando em Paris.

- João Luiz Silva Ferreira - Juca Ferreira -, ao ser surpreendido pelo golpe contra Allende, seguiu para a Suécia onde viveu sete anos. Durante esse tempo, fez um curso de nove meses para se formar em sociologia na Sorbonne.

- Com a anistia, Juca Ferreira voltou ao Brasil em 1981.

- Foi duas vezes vereador de Salvador / BA, de 1993 a 1996 e de 2000 a 2004.

- Em 2003, foi convidado por Gilberto Gil para ser Secretário-Executivo do Ministério da Cultura.

- Em 2008, no dia 30 de julho, assumiu o Ministério da Cultura, ficando no cargo até 31 de dezembro de 2010.

- Em 22 de setembro de 2008, aComissão de Anistia do Ministério da Justiça, em visita à capital baiana, anunciou a concessão ao ministro de uma indenização de 270 salários mínimos, no valor aproximado de R$112 mil. Para obter a reparação, Juca relatou que foi processado pelo regime militar, perseguido e condenado diversas vezes, e que a vida no exílio teria provocado grande sofrimento e desequilíbrio em sua família, levando sua mulher, na época, a cometer o suicídio (…). (Trecho de matéria publicada no jornal O Globo).

JAIME WALLWITZ CARDOSO
("MARCELO")

- Em meados da década de 60, como estudante secundarista na então Guanabara, ingressou na Ação Popular (AP).

. Em março de 1969, foi um dos líderes de uma dissidência surgida no setor secundarista que rompeu com a AP e que, dois meses depois, foi criar o Núcleo Marxista Leninista (NML), tendo sido eleito um dos três membros do comando.

- Em março de 1969, participou da fusão do NML com o Comando de Libertação Nacional (COLINA). Posteriormente, ainda em processo de fusão - agora com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) - incorporou-se à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P).

- Em 13 de janeiro de 1971, foi um dos 70 militantes comunistas banidos para o Chile, em troca da vida do embaixador da Suíça.

.- Em dezembro de 2000, foi condecorado com a medalha da Ordem do Mérito Policial Militar, pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

- Foi Secretário de Estado de Trabalho, do governo do Estado do Rio de Janeiro, nomeado pelo Governador Garotinho.

- Em 2007 foi acusado de improbidade administrativa, quando no cargo de Secretário do Trabalho. O Ministério Público do Rio de Janeiro apresentou Ação Civil Pública contra ele e outros acusados de desviar R$ 75 mil que deveriam ter sido empregados nos auxílios alimentação e transporte.

- Atualmente é o Presidente da NUCLEP (NUCLEBRÁS Equipamentos Pesados S/A).


OSE GENOINO GUIMARÃES NETO
("GERALDO")

- Organização Terrorista: PC do B.

- É formado em Filosofia e iniciou o Curso de Direito.

- Nasceu, em 3 de maio de 1946, na comunidade de Várzea Redonda, pertencente ao município de Quixeramobim. Passou a infância em Encantado, vilarejo de 100 habitantes. Aos 13 anos mudou-se para Senador Pompeu, cidade de 10 mil habitantes, passando a viver na casa paroquial a convite do padre local, que o apóiou nos estudos.

- Mudou-se para Fortaleza em 1964 e dois anos mais tarde, chega a trabalhar dois anos como operador de computador na IBM.

- Em 1967, aos 21 anos, ingressou na Universidade Federal do Ceará e no Partido Comunista do Brasil (PC do B). Foi líder estudantil, integrando a União Nacional dos Estudantes (UNE).

- Em 1967/68 foi Presidente do DCE/UFCE (o Vice Pres/DCE era BERGSON GURJÃO FARIAS ("JORGE"), PC do B / ARAGUAIA).

- Em 12 Out 1968, foi preso no Congresso da UNE em Ibiúna/SP.

- Em 1969/70, foi Diretor da UNE.

- Em Jul 1970, foi para o Araguaia morar com “OSVALDÃO”e João Amazonas.

- Genoino pertencia ao Destacamento B da Guerrilha e era o Chefe do Gp Gameleira; tinha como grande companheiro ANTONIO GUILHERME RIBEIRO RIBAS ("FERREIRA", "GORDO", "JOSE FERREIRA", "ZE FERREIRA").

- Prisão:
Às cinco horas da manhã de 17 de abril de 1972, ainda no início da 1ª campanha das Forças Regulares, saiu para avisar aos componentes do Destacamento C sobre os ataques da tropa do Exército. Após muito caminhar, chegou ao seu destino às 17 horas, comprovando que os demais guerrilheiros já haviam fugido. Dormiu aquela noite sob intensa chuva.

No dia 18 de abril de 1972, quando retornava para seu destacamento, foi preso por um bando de “bate-pau” (uns 10). ("CURIÓ" declarou que Genoíno foi preso por ele, em 22 de abril de 1972). Ao ser preso, foi algemado com as mãos para frente e a mochila amarrada nas costas. Saiu correndo, tentando fugir, um tiro lhe atingiu o braço de raspão.

- Em setembro de 1972, durante a 2ª campanha, dentro de um quadro de operações psicológicas, o EB distribuiu cópias de uma carta de José Genoíno Neto (“GERALDO”) a GLENIO FERNANDES DE SÁ ("PAULO", "ALBERTO"), também guerrilheiro do Dst B/GP GAMELEIRA. Na carta, Genoíno dizia que estava sendo bem tratado e pedia para que ele se entregasse. O panfleto trazia a foto de Genoino e de DAGOBERTO ALVES DA COSTA ("GABRIEL", "MIGUEL", "ERNESTO").

- No mês de maio de 1973, o Destacamento C realizou uma ação punitiva contra a fazenda e a casa de comércio de NEMER KOURI (OU CURI) ("PAULISTA"). Este fazendeiro ajudou o Exército e também Genoino no início da luta e tinha se apossado de um burro que pertencia aos guerrilheiros. A operação foi feita à noite. Sua fazenda foi cercada. Encontravam-se lá NEMER, sua mulher e mais treze trabalhadores. NEMER foi preso. Aos 13 peões, os guerrilheiros explicaram o motivo da ação e os objetivos da luta. Nada se fez contra eles. Os guerrilheiros confiscaram 400 cruzeiros, um revólver 38, roupas, alimentos e remédios.

- Em 1975, foi julgado e condenado a 5 (cinco) anos de prisão.

- Por divergências com o PC do B, foi para o PRC.

- Na prisão casou-se com RIOCO KAYANO, militante do PC do B/SP, que ele havia conhecido em 1969.

- Em abril de 1977 foi libertado e passou a lecionar história.

- Foi anistiado em 1979 e participou da fundação do Partido dos Trabalhadores.

- Elegeu-se Deputado Federal, pelo PT, por São Paulo entre 1982 e 2002.

- Publicou o livro "GUERRA DE GUERRILHAS NO BRASIL" ("GGB"); PAG 133: ENTREVISTA DE 1977; PAG 197: CARTA DE FEV 75.

- Em 2002 se candidatou para ao governo de São Paulo, mas foi derrotado. No mesmo ano foi eleito presidente nacional do PT, substituindo José Dirceu.

- Em julho de 2005, envolvido num grande esquema de corrupção (compra de votos de parlamentares) e empréstimos vultosos para o PT, sem conhecimento de membros da executiva do Partido, foi obrigado a renunciar ao mandato de Presidente do PT.

- Genoino também é irmão de José Nobre Guimarães, o deputado cearense mais votado em 2006, mas que ganhou notoriedade nacional quando um de seus assessores, José Adalberto Vieira da Silva, foi preso em 2005 ao tentar embarcar em um vôo de São Paulo para Fortaleza com 200 mil reais em uma mala e 100 mil dólares em espécie escondidos na cueca.

- Em 2006, depois do escândalo do mensalão, foi novamente eleito deputado federal por São Paulo.

- Em 2010, tentou mais uma reeleição. Não conseguiu.

- Está sob investigação do STF.

- Atualmente está cotado para ser Assessor Especial do Ministro Nelson Jobim, na Defesa.

JOSÉ DIRCEU DE OLIVEIRA E SILVA
("Daniel")

- O mineiro José Dirceu de Oliveira e Silva tinha 19 anos por ocasião da Revolução de 1964. Nessa época, era estudante secundarista na cidade de São Paulo e já participava do movimento estudantil, filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Dois anos depois, já universitário, José Dirceu estava totalmente impregnado pelas idéias radicais de seu líder no PCB, Carlos Marighella, e o acompanhara na denominada "Corrente Revolucionária", criada dentro do partidão a fim de defender a luta armada. No final desse ano de 1966, ingressou na "Ala Marighella", transformada, um ano depois, no Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP).

- Em 1968, José Dirceu exercitava sua liderança como presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) insuflando os jovens a pegarem em armas, nem que fossem uns contra os outros. Foi assim que, no início de outubro, constituiu-se num dos líderes do conflito no qual se envolveram, na Rua Maria Antonia, cerca de um mil estudantes universitários da Faculdade de Filosofia da USP e do Mackenzie. Armados de correntes, porretes, revólveres e coquetéis molotov, os estudantes digladiaram-se numa verdadeira guerra campal, finda a qual um estudante morto (baleado na cabeça), dez outros feridos e cinco carros oficiais incendiados atestavam a virulência do ocorrido. Entretanto, a prisão de José Dirceu - então mais conhecido como "Daniel".

- Em 12 Out 68, durante a realização do 30º Congresso da UNE, em Ibiúna, impediu que ele prosseguisse nas suas estripulias. Além da UEE/SP, quem mais sentiu a sua prisão foi a "Maçã Dourada", jovem plantada junto dele pelo DOPS, para colher informações. Ainda na prisão, acompanhou a transformação do AC/SP na Ação Libertadora Nacional (ALN).

- Em 05 Set 69, menos de um ano após sua prisão, foi um dos 15 militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do embaixador dos EUA, que havia sido seqüestrado no dia anterior, no Rio de Janeiro, pela ALN e pelo MR-8. Do México, "Daniel" seguiu para Cuba, onde, durante o ano de 1970, a partir de maio, participou de um Curso de Guerrilhas, no denominado "III Exército da ALN" ou "Grupo da Ilha" ou, ainda, "Grupo Primavera". Esse grupo, sentindo-se órfão com a morte de Marighella, rachou com a ALN (os divergentes passaram a ser conhecidos como o "Grupo dos 28"), dando origem à Dissidência da ALN (DI/ALN), mais tarde transformada no Movimento de Libertação Popular (MOLIPO).

- O MOLIPO foi uma organização de curta e triste história. A maioria do "Grupo dos 28" regressou ao Brasil, a fim de exercitar seu treinamento de ações terroristas. Entretanto, logo após chegarem ao país, os militantes foram caindo um a um, como peças de um dominó, cujo "armador", dizem, está vivo até hoje.

- No total, José Dirceu permaneceu em Cuba durante 18 meses quando teria feito uma operação plástica nos olhos e no nariz, para voltar ao Brasil com segurança. Apesar dessa operação não ter sido confirmada - muitos dizem ser uma mentira deslavada.

- José Dirceu só voltou ao Brasil em Abr 75, quando a luta armada já havia terminado.

- Com o falso nome de "Carlos Henrique Gouveia de Mello", radicou-se em Cruzeiro d'Oeste, no Paraná, onde se casou com uma ricaça da região, com quem teve um filho.

- No final de 79, regressou a Cuba, dizem que para retificar a antiga operação plástica (??). Depois de ter uma filha com uma portuguesa e ter mais uma filha em um relacionamento desconhecido, José Dirceu casou-se pela terceira vez, agora com sua atual mulher.

- Em 1980, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores, do qual foi presidente nacional durante a década de 1990.

- Em 1987 a 1990 foi deputado estadual constituinte por São Paulo.

- Nos anos de 1991, 1998 e 2002, elegeu-se deputado federal.

- Em janeiro de 2003, após tomar posse na Câmara dos Deputados, licenciou-se para assumir o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, onde permaneceu até junho de 2005.

- Durante sua gestão na Casa Civil, em 2005, surgiram várias crises de corrupção como o Caso Waldomiro (Auxiliar direto de Dirceu) e o do "Mensalão" (compra de Deputados para votarem com o governo e /ou mudar de sigla partidária).

- Denunciado pelo Pres. do PTB Roberto Jefferson, como chefe do esquema de corrupção na compra de votos de parlamentares, juntamente com líderes do PT (Genuino, Delubio, Marcelo Sereno e Silvio Pereira) e o empresário Marcos Valério (Publicitário).

- José Dirceu se viu forçado a pedir demissão do cargo de Ministro, acusado de estar diretamente envolvido na corrupção da manipulação de verbas federais em favor de um projeto de tomada do poder pelo PT.

- Detentor de mandato eletivo, retornou à Câmara dos Deputados, onde foi alvo de um processo de cessação, que o fez perder a cadeira de deputado, no dia 1º de dezembro de 2005, tornando-se inelegível até 2015.

- Foi sucedido na presidência do PT por José Genoíno, que, por sua vez, foi substituído por Tarso Genro, que completou o mandato de Dirceu. Depois disso, Ricardo Berzoini foi eleito o novo presidente do PT.

- No dia 30 de março de 2006, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF), quarenta pessoas, entre políticos e empresários, participantes do esquema do mensalão. O procurador indiciou por crimes graves, como corrupção ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato os ex-ministros do governo Lula José Dirceu (Casa Civil), Anderson Adauto (ministro dos transportes) e o ex-ministro dos transportes Luiz Gushiken (Comunicação Estratégica). O relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa (nomeado por Lula), atribuiu a liderança no esquema do "mensalão" a José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e Sílvio Pereira.

- Atualmente é integrante do Diretório Nacional do PT e é "lobista".


JESSIE JANE VIEIRA DE SOUZA

- Militante da ALN/RJ.

- Em 01 Jul 70, levando armas escondidas no baixo ventre simulando gravidez, tentou seqüestrar o avião Caravelle da Cruzeiro do Sul, no Galeão. Jessie Jane foi presa com mais três militantes da ALN, um dos quais seu marido, Colombo Vieira de Souza, que levava uma arma escondida no sapato e os irmãos Fernando e Heraldo Palha Freire.

- Durante o frustrado seqüestro, o Cmt do avião, Harro Cyranka, foi ferido. O único morto na ação foi Eraldo Palha Freire, que faleceu três dias depois, em conseqüência dos ferimentos. (“dos filhos desse solo” - Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio).

- Jessie, após a prisão, foi para o Presídio Talavera Bruce, em Bangu, e Colombo foi para o Presídio da Ilha Grande. Em 1972 casaram-se e continuaram presos. A "ditadura sanguinária" permitia que Colombo fosse passar os fins de semana em Bangu. Às vezes, ficava até mais tempo.

- Em 1976, da união nasceu a filha Leta. Jessie Jane alega tortura durante o parto no hospital. Jessie e Colombo continuaram na prisão até 9 de fevereiro de 1979, quando foram beneficiados pela Lei da Anistia.

- A filha de Jessie requereu indenização do Estado.

- De 1999 a 2002, exerceu o posto de diretora do Arquivo Público do Rio de Janeiro, onde estão arquivados todos os documentos do antigo DOPS. Ela foi nomeada por "Garotinho", Governador do Rio de Janeiro.

- De janeiro de 2006 a janeiro de 2010 foi Diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

- É professora do departamento de história do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) / UFRJ.


JOAO CARLOS KFOURI QUARTIM DE MORAIS
("MANOEL", "MANÉ", "MANECO")

- Formado em Direito e em Filosofia pela USP, foi militante da Política Operária (POLOP).

. Em 1968, após regressar depois de dois anos de estudos na França, foi um dos fundadores da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), onde chegou a participar de algumas ações armadas.

- Em Set 68, integrou o "Tribunal Revolucionário" que condenou à morte o Cap Chandler, "justiçado" em 12 Out 68 (ver "Justiçamento, O assassinato do Cap Chandler"), (ver "A Grande Farsa").

- Em Dez 68, por divergências políticas, foi expulso da VPR. Quatro meses depois, com nome falso, fugiu para o Uruguai.

- Em Out 70, foi para Paris, onde viveu dez anos, mas também passou pela Inglaterra, Itália, Iugoslávia e Chile.

- Em Fev 70, no Chile, foi um dos fundadores da revista "Debate", posteriormente também editada na Europa e que defendia, basicamente, a constituição de uma "plataforma para a união dos comunistas brasileiros".

- Com a anistia de 1979, regressou ao Brasil, onde passou a atuar na ABI/SP e foi contratado para ser professor da UNICAMP. Em 1983, foi nomeado Secretário de Imprensa do governo de São Paulo, pelo governador Franco Montoro.

- Atualmente, é professor titular do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP.

JOÃO CARLOS BONA GARCIA
( " ANDRE " )

- Foi um dos fundadores do Partido Operário Comunista (POC), em Passo Fundo/RS.

- Em dezembro de 69, era membro da Unidade de Combate da VPR no RS, denominada "Manoel Raimundo Soares" (UC/MRS).

- Em 01 Mar 70, no Rio Grande do Sul, a fim de desviar de S.Paulo a atenção dos órgãos de segurança, a UC/MRS da VPR, inicia as ações armadas. Na noite de domingo, 01 de Mar, Reinholdo Amadeu Klement e Irgeu João Menegon, com a cobertura de João Carlos Bona Garcia e Luiz Carlos Dametto, roubam um Gordini marrom que estava estacionado na Rua 24 de Outubro, em frente ao Cine Coral, em Porto Alegre.

- Na manhã de 02 Mar 70, esses mesmos quatro militantes da VPR sob o comando de Fernando Damatta, assaltaram ainda, um Volks do Banco do Brasil que transportava dinheiro da Companhia Ultragas, levando 65.000 cruzeiros. Para esta ação, usaram o Gordini roubado na noite anterior e um Volks bege, de propriedade de Irgeu, denominado "Velho Cancheiro" e que seria utilizado em todos os assaltos daquele ano. Foi a primeira ação armada de Bona Garcia.

- Participou do assalto a um carro pagador do Bradesco.

- Em Porto Alegre/RS, em 11 Abr 70, a prisão de Eliana Lorentz Chaves possibilitou as "quedas", nos dois dias seguintes, do comandante da UC/MRS - Felix Silveira Rosa Neto, de Fernando Damatta Pimentel e de Irgeu João Menegon, que haviam participado da fracassada tentativa de seqüestro do cônsul norte-americano, além de João Carlos Bona Garcia e de Elvaristo Teixeira do Amaral, este no dia 26 de abril. As declarações dos militantes presos, particularmente as de João Carlos, possibilitaram o desvendamento da tentativa de seqüestro e da identifcação dos demais militantes que integravam a UC gaúcha, além da localização de 5 "aparelhos" da organização em Porto Alegre.

- Em 13 Jan 71, foi um dos 70 militantes comunistas banidos para Santiago/Chile, em troca do Embaixador da Suiça (Ver VERDADE HISTÓRICA).

- Exilou-se no Chile, depois na Argentina, Argentina e França.

- Retornou ao Brasil, anistiado, em 1979.

- Em 1989, lançou, em parceria com Júlio Posenato, um livro de memórias cujo título é “Verás que um filho teu não foge a luta”.

- Foi Presidente da Comissão de Indenização a Ex-Presos Políticos do Rio Grande do Sul e da Comissão do Acervo da Luta contra a Ditadura.

- Em 1989 foi Subchefe da Casa Civil do governo Pedro Simon no RS.

- Em 1996, Secretário Geral do PMDB gaúcho.

- Em 13 Mai 96, tomou posse no Conselho de Diretores do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (BANRISUL).

- Ainda no Governo Antônio Britto, foi, foi presidente da Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos e chefe da Casa Civil.

- Em Jan 1997, assumiu a presidência do Sindicato dos Bancos do RS.

- Em 1998, Antônio Brito nomeou-o Juiz da Justiça Militar do RS, cargo que exerce até hoje.

HENRI PHILLIPE REICHSTUL

- Nasceu em Paris, em 12 de abril de 1949.

- Foi militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), tendo sido preso em maio de 1970.

- Sua irmã francesa, Pauline, mais conhecida por "Silvana", também era militante da VPR. Morreu em tiroteio no Grande Recife, em janeiro de 1973, quando, vinda de um guerrilha em Cuba, tentava reestruturar a VPR no Brasil.

- Foi presidente da Petrobrás de março de 1999 até dezembro de 2001. Neste período, tentou, sem sucesso, trocar o nome da companhia para PetroBrax, com forte reação do povo e da oposição.

- Em sua gestão, a maior plataforma produtora de petróleo do mundo, a P-36, afundou, dando um prejuízo direto de US$ 350 milhões à companhia e causando 11 mortes.

- Após sua saída da Petrobras, tem trabalhado como executivo na iniciativa privada.

GILNEY AMORIM VIANA
("AUGUSTO")

- Nascido em 1945, em Minas Gerais, estudou Medicina em Belo Horizonte, quando foi membro do Comitê Municipal do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

- Achando que o PCB era muito pouco para atender às suas intenções de violência, ingressou, em 1968, na Corrente Revolucionária que deu origem à Ação Libertadora Nacional (ALN). Foi, inclusive, um dos quatro redatores do documento-base da Corrente/MG, denominado "Orientação Básica para Atuação: 20 Pontos".

- Participou de diversas ações terroristas da Corrente/MG e da ALN/SP, das quais algumas são destacadas a seguir.

- Em 25 Out 68, comandou a ação de roubo de um auto Simca preto, com o qual assaltou a Drogaria São Félix, na Avenida Amazonas, em Belo Horizonte, com o roubo de Cr$ 2 mil.

- Em 01 Dez 68, às 0430h, planejou e comandou a segunda ação armada da Corrente/MG, com o violento assalto à boite "Seis às Seis", na Avenida Nossa Senhora do Carmo, em Belo Horizonte, quando foram baleados três civis.

Durante o assalto, o militante Nelson José de Almeida ("Beto"), que entrara na boite através da cozinha, atirou e feriu no peito o cozinheiro Antonio Joaquim de Oliveira. O freguês Wellington Gadelha Campelo foi ferido na região lombar por um tiro disparado por Gilney. "Beto", já dentro da boite, atirou pelas costas no gerente Antonio de Almeida Ribeiro, que estava na copa. Além dos ferimentos a bala, várias pessoas foram espancadas e roubadas em jóias e em dinheiro.

Na fuga, roubaram o carro de um notívago que estava chegando na boite. O dinheiro roubado foi entregue a José Adão Pinto ("Luiz Carlos", "Evaldo"), depositário fiel da organização, e os vários relógios roubados foram partilhados entre os militantes que não os possuíam.

- Em 17 Jan 69, Gilney furtou uma caminhonete C14-16, da firma Motorauto, em Belo Horizonte. José Alfredo ("Henrique"), quando trabalhava nessa firma, tirou cópia das chaves da caminhonete, que se encontrava em reparos na oficina e as entregou a Gilney, juntamente com as informações sobre o local de guarda do veículo.

- Em 20 Jan 69, participou da frustrada tentativa de roubo de explosivos na Pedreira Belo Horizonte, localizada no bairro São Geraldo.

- Em 31 Mar 69, planejou e roubou o automóvel usado no assalto à Caixa Econômica Federal da Avenida Alfredo Balena, 181, em Belo Horizonte.

- Foi preso em 1970, sendo liberado com a anistia, em 1979.

- Foi residir em Cuiabá/MT, onde fundou o PT, em 1980.

- Em 1994, foi o primeiro deputado federal eleito pelo PT/MT.

- Em 1996, vivia maritalmente com Iara Xavier Pereira ("Bia"), que também participou de diversas ações armadas pela ALN.

- Em 1998, foi eleito deputado estadual pelo PT/MT.

- Professor da Universidade Federal de MT, escreveu o livro "Massacre da Chácara São Bento", que trata da morte de seis militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), fato ocorrido em 08 Jan 73.

- É o coordenador da ONG "Flor do Cerrado"

- No ano de 2002, participou da elaboração do programa de Governo de Lula na área de Meio Ambiente.

- Em outubro de 2002, não conseguiu reeleger-se deputado estadual

- Foi aquinhoado pela Comissão de Anistia com a reparação de R$ 432 mil.

- Foi Secretário de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente no Governo Lula.

FERNANDO PAULO NAGLE GABEIRA
("MATEUS", "HONORIO", "BENTO", "JOAO", "INACIO")

- Mineiro de Juiz de Fora, foi militante da DI/GB (Dissidência do PCB na Guanabara) e do MR-8.

- Em meados de 1969, pediu demissão do Jornal do Brasil, para participar do seqüestro do embaixador dos EUA.

.- Em 31 de janeiro de 1970, foi preso em São Paulo; cinco meses depois, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, trocados pelo embaixador da Alemanha, que havia sido seqüestrado pelos terroristas da VPR e ALN.

- No 1º semestre de 1971, fez curso de guerrilha em Cuba, usando o codinome de "Inácio".

- Na sessão do Tribunal Bertrand Russel, de 01 Abr 74, foi um dos que apresentou seu testemunho, aquinhoado que foi, dentre outros, com elevada compensação financeira conseguida pelo Comitê Italiano da Amnesty International.

- Em 1º de setembro de 1979, com a Lei da Anistia voltou ao Brasil e passou a a atuar como jornalista.

- Filiado ao PT, em 1986, condidatou-se ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, sendo derrotado por Moreira Franco.

- em 1989, concorreu à Presidência da República, dessa vez pelo PV.

- Em 1994, foi eleito deputado federal, pelo Partido Verde do Rio de Janeiro, sendo reeleito em 1998.

- Em 2002, trocou, de novo, o Partido Verde pelo PT, sendo novamente eleito.

- Em 2004, após considerar um absurdo ter tido que esperar durante uma hora para ser atendido pelo então Ministro-Chefe da Casa Civil José Dirceu, decidiu abandonar mais uma vez o partido, ficando algum tempo sem legenda.

- Filiou-se novamente ao PV e, em 2006, concorreu à reeleição, sendo o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro.

- Em 2008, lançou sua candidatura a prefeitura do Rio de Janeiro em uma aliança com o PSDB e o PPS. Foi derrotado por Eduardo Paes (PMDB).

- Em 2010, foi candidato ao governado do Estado do Rio de Janeiro, tendo sido derrotado pelo governador Sergio Cabral (PMDB), que foi reeleito.

DILMA VANA ROUSSEFF LINHARES
("ESTELA", "LUIZA", "PATRICIA", "WANDA")

- Em 1967, era militante da Política Operária (POLOP), em Minas Gerais, junto com seu marido, Claudio Galeno de Magalhães Linhares ("Aurélio", "Lobato"). Saiu da POLOP e, também com seu marido, ingressou no Comando de Libertação Nacional (COLINA), tendo sido eleita, em Abr 69, quando atuava na então Guanabara, membro do seu Comando Nacional.

- Acompanhou a fusão entre o COLINA e a Vanguarda Popular Revolucionária, que deu origem à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P). Em Set 69, participou como convidada - só com direito à voz - do I Congresso da VAR-P, realizado numa casa em Teresópolis. Nessa ocasião, Darcy Rodrigues, um ex-sargento do Exército oriundo da VPR, tentou agredi-la, sob a ameaça de Dilma não mais poder participar das ações armadas. Na ocasião, recebeu a proteção de Carlos Franklin Paixão de Araújo e com ele foi viver e militar no Rio Grande do Sul.

- Em 16 de janeiro de 1970 foi presa na cidade de São Paulo / SP.

- Foi condenada em primeira instância a seis anos de prisão. O Superior Tribunal Militar reduziu, então, a condenação a dois anos e um mês. Teve também seus direitos políticos cassados por dezoito anos.

- Foi colocada em liberdade ao final do ano de 1972.

- Participou junto com Carlos Franklin Paixão de Araújo da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT).

- Foi Secretária de Estado de Minas, Energia e Comunicações do Governo do Rio Grande do Sul no período de1999 a 2002.

- No período de 1º Jan 2003 a 31 Dez 2010 foi Ministra de Minas e Energia e Ministra-Chefe da Casa Civil – Governo Lula.

- Em novembro de 2010 foi eleita Presidente da República, tendo tomado posse em 1º de janeiro de 2011.

CARLOS MINC BAUMFELD
("JAIR","JOSE","ORLANDO")

Parte da matéria publicada no jornal O Globo de 14/05/2008

Autores: FábioVasconcellos, Helena Celestino e Túlio Brandão

Líder estudantil, preso pela ditadura e exilado, Carlos Minc nasceu no Rio em 1951. Foi líder estudantil e chegou a ser preso em 1969.

Com a repressão, foi para o exílio na Europa. Em 1979, retornou ao Brasil, beneficiado pela Lei da Anistia. Minc foi professor-adjunto do Departamento de Geografia da UFRJ. Tem mestrado em planejamento urbano e regional pela Universidade Técnica de Lisboa (1978) e doutorado em economia do desenvolvimento pela Universidade de Paris I-Sorbonne (1984). Tem dois filhos.

Em entrevista ao Globo, o governador Sérgio Cabral considerou positiva a atuação do secretário. Classificou Minc como um pragmático.

- A bandeira ambiental que ele carrega a vida inteira agora se combina com o pragmatismo, a objetividade e a eficiência. Ele é um exemplo para o Brasil como gestor ambiental – disse Cabral. “

Observações do site A verdade sufocada:

Parece-nos que faltou tempo aos repórteres para uma pesquisa mais profunda, a fim de transmitir aos seus leitores o currículo completo do “lider estudantil”.

Na realidade, o jovem Carlos Minc Baumfeld, não foi preso pela ditadura por ser líder estudantil, mas sim, por atuar ativamente na luta armada.

Camarada de armas da ministra Dilma Roussef, atuou no Comando de Libertação Nacional (COLINA), onde participou, juntamente com outros militantes, do assalto ao Banco Andrade Arnaud, na rua Visconde da Gávea, 92, no Rio de Janeiro, de onde foram roubados cerca de R$ 45 milhões de cruzeiros. Na ocasião foi assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra.

Posteriormente, com a fusão do COLINA com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), o novo grupo passou a chamar-se Vanguarda Armada-Palmares (VAR-Palmares).

A VAR-Palmares foi uma das responsáveis, entre outros crimes, pelos assassinatos do marinheiro inglês David A. Cuthberg e do delegado de Polícia Octávio Gonçalves Moreira Júnior.

Dentre as principais ações da VAR-Palmares destacamos, além dos brutais e traiçoeiros assassinatos citados:

"A grande ação"

Com a finalidade de solidificar a fusão da VPR com o Colina e obter recursos para o novo grupo que surgia, a VAR-Palmares, foi planejado o roubo de um cofre da residência de Ana Capriglione Benchimol, em Santa Teresa, Rio de Janeiro.

Na tarde de 18 de julho de 1969, 13 militantes da VAR-Palmares, entre ele, Carlos Minc Baumfeld, disfarçados de policiais e comandados por Juarez Guimarães de Brito, invadiram o casarão de Anna Benchimol Capriglione, com o pretexto de busca de “documentos subversivos”. Após confinarem os presentes numa dependência do térreo da casa, um grupo subiu ao 2º andar e levou, com a ajuda de cordas lançadas pela janela, o cofre de 200 kg, que foi colocado numa Rural Willys.

Em menos de trinta minutos consumava-se o maior assalto da subversão no Brasil. Levado para um aparelho localizado próximo da Taquara, Jacarepaguá, o cofre foi aberto, e os assaltantes puderam ver, maravilhados, milhares de cédulas verdes. Ao final, os dois milhões, oitocentos mil e sessenta e quatro dólares atestavam o sucesso da “grande ação“.

O destino desses dólares é discutido até hoje. Fala-se em compra de armas, distribuição entre as regionais da VAR-Palmares, pequenas cotas aos militantes e até na remessa de um milhão de dólares para a Argélia. Fala-se, também, em contas na Suíça. Ao certo, jamais houve uma contabilidade dessa fortuna.

Os dois estarão bem à vontade, trabalhando no mesmo governo. Afinal, Dilma Roussef, a companheira Estela, foi o cérebro do Plano de Ação do Cofre, por coincidência – PAC -, e Carlos Minc, o companheiro Jair, Orlando ou José, um dos executantes.

Outros dados de Carlos Minc

- Em 31 Mar 69, Carlos Minc Baumfeld, Fausto Machado Freire e outros assaltaram o Banco Andrade Arnaud, na Rua Visconde da Gávea, 92, na GB/RJ, roubaram a quantia de 45 milhões de cruzeiros e onde foi assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra.

- Em 18 Jul 69, como militante da VAR-PALMARES, participou da" Grande Ação", assalto ao "Cofre do Adhemar", em Santa Teresa/RJ.

- O casa onde residia com sua amante Sônia Eliane Lafoz e Eremias Delizoikov, na Rua Toroqui, 59, em Vila Kosmos, na GB, era um “aparelho” da VPR. Quando os órgãos de segurança invadiram o local e deram ordem de prisão aos terroristas que lá estavam (Sônia e Eremias), houve resistência e, após troca de tiros, os dois morreram no local. Alguns dias depois, a VPR distribuiu um panfleto clamando por vingança aos seus mortos, particularmente o Eremias, e, ameaçando os militares do Exército:"... podem esperar, nós vamos enchê-los de chumbo quente"

- Em 16 Out 69, Carlos Minc foi preso na Rua Ana Neri, 332, na Cidade da Guanabara.

- Em 15 Jun 70, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca do Embaixador da Alemanha.

- Em fins de 70 a 71, fez curso em Cuba, onde permaneceu por dois anos. Posteriormente, foi para a Europa.

- Retornou ao Brasil em 1979.

- Junto com Gabeira foi um dos fundadores do Partido Verde (PV).

- Em 1986 foi eleito Deputado Estadual pelo PV

- Em 1989 rompeu com o PV e filiou-se ao PT, onde está até hoje.

- Em 22 de novembro de 2006 foi nomeado Secretário Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Governo Sérgio Cabral;

- De 13 de maio de 2008 até 31 de março de 2010 foi Ministro do Meio Ambiente em substituição à demissionária Marina da Silva.

- Nas eleições de 2010, foi reeleito Deputado Estadual, fato que já ocorrera em1990, 1994, 1998, 2002 e 2006.


DIÓGENES JOSÉ CARVALHO DE OLIVEIRA
("LEANDRO", "LEONARDO", "LUIZ" e "PEDRO")

- A revolução de Mar 64 o encontrou como militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Sentindo-se perseguido, fugiu para o Uruguai, onde ingressou, em 1966, no recém-criado Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) de Leonel Brizola.

- Ainda nesse ano, arranjado por Brizola, foi fazer curso de guerrilha em Cuba, onde ficou um ano e se destacou como especialista em explosivos.

- Em 1967, já no Uruguai, tomou consciência de que Brizola era muito de falar e pouco de agir. Diógenes queria, ardentemente, exercitar o que aprendera na ilha de Fidel.

- Retornou ao Brasil e, em Porto Alegre, conheceu Almir Olímpio de Melo ("Paulo Melo"), que o conduziu a Onofre Pinto, em São Paulo, que também se havia desiludido com o comandante Brizola.

- Em Mar 68, concretizou-se o congresso de fundação da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) - organização comunista criada para derrubar o regime pela luta armada - cuja primeira direção ficou constituída por Wilson Egídio Fava, Waldir Carlos Sarapu e João Carlos Kfouri Quartim de Morais, pelo grupo dissidente da Política Operária (POLOP), e Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira e Diógenes José Carvalho de Oliveira, pelo núcleo de remanescentes do MNR.

- Pôde assim, Diógenes, iniciar uma longa trilha de sangue, realizando algumas dezenas de ações terroristas na capital paulista, dentre as quais assaltos a bancos, explosões de bombas e assassinatos. O que se segue é, apenas, uma pequena, uma pálida idéia do que praticou esse militante comunista.

- No início da madrugada de 20 Mar 68, o terrorista participou do atentado que fez explodir uma bomba-relógio na biblioteca da USIS, no consulado dos EUA, localizado no térreo do Conjunto Nacional da Avenida Paulista. Três estudantes amigos, que caminhavam pelo local, foram feridos: Edmundo Ribeiro de Mendonça Neto, Vitor Fernando Sicurella Varella e Orlando Lovecchio Filho, que perdeu o terço inferior da perna esquerda.

- Na madrugada de 20 Abr 68, o terrorista formado em Cuba preparou mais uma bomba, desta vez lançada contra o jornal "O Estado de São Paulo", que funcionava na esquina da Rua Major Quedinho com a Rua Martins Fontes; do mesmo modo que a anterior, a explosão feriu três inocentes.

- Na madrugada de 22 Jun 68, participou do assalto ao Hospital do Exército em São Paulo, localizado no Cambuci. Fardados de tenente e soldados, cerca de 10 militantes da VPR renderam a guarda e roubaram nove fuzis FAL, três sabres e quinze cartuchos 7,62 mm.

- Na madrugada de 26 Jun 68, fez parte do grupo de 10 terroristas que lançou um carro-bomba contra o Quartel General do então II Exército, no Ibirapuera, matando um dos sentinelas, o soldado Mario Kosel Filho, e ferindo mais seis militares. (VER "VERDADE HISTÓRICA" - "ATENTADO AO QG DO II EXÉRCITO")

- Em 01 Ago 68, participou do assalto ao Banco Mercantil de São Paulo, localizado na Rua Joaquim Floriano, 682, no bairro do Itaim, com o roubo de NCr$ 46 mil.

- Em 20 Set 68, participou do assalto ao quartel da Força Pública, no Barro Branco. Na ocasião, foi morto a tiros o sentinela, soldado Antonio Carlos Jeffery, do qual foi roubada a sua metralhadora INA.

- Em 12 Out 68, participou do grupo de execução que assassinou o capitão Chandler, do Exército dos EUA. Foi Diógenes quem se aproximou do capitão - que retirava seu carro da garagem, na frente da mulher e filhos - e nele descarregou os seis tiros de seu revólver Taurus calibre. 38. (VER "JUSTIÇAMENTOS" - "ASSASSINATO DO CAP CHARLES RODNEY CHANDLER").

Sobre o ocorrido a Folha da Tarde, em sua edição de 28 de novembro de 1969 publicou:

“O Dops concluiu e já remeteu à Justiça Militar o inquérito sobre a morte do capitão norte-americano Charles Rodney Chandler, assassinado em São Paulo em outubro do ano passado. Terminou por imputar a responsabilidade do homicídio aos terroristas Carlos Marighela, Diógenes José Carvalho, Dulce de Souza, João Carlos Kfouri Quartim de Moraes, João Leonardo da Silva Rocha, Ladislaw Bowbor, Manoelina de Barros, Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira e Marcos Antonio Braz de Oliveira. Todos participaram da trama. Diógenes e Marcos Antonio executaram materialmente o crime, utilizando-se de um revolver 38 e uma metralhadora 45.”

- Em 27 Out 68, participou do atentado à bomba contra a loja Sears da Água Branca.

- Em 06 Dez 68, participou do assalto ao Banco do Estado de São Paulo (BANESPA) da Rua Iguatemi, com o roubo de NCr$ 80 mil e o ferimento, a coronhadas, do civil José Bonifácio Guercio.

- Em 11 Dez 68, participou do assalto à Casa de Armas Diana, na Rua do Seminário, de onde foram roubadas cerca de meia centena de armas, além de munições. Na ocasião, foi ferido a tiros o civil Bonifácio Signori.

- Diógenes foi o coordenador do assalto realizado em 24 Jan 69, ao 4º RI, em Quitaúna, com o roubo de grande quantidade de armas e munições e que marcou o ingresso de Carlos Lamarca na VPR. (VER "VERDADE HISTÓRICA" - "LAMARCA: A TRAJETÓRIA DE UM DESERTOR")

- Em 02 Mar 69, Diógenes e Onofre Pinto foram presos na Praça da Árvore, em Vila Mariana.

- Um ano depois, em 14 Mar 70, foi um dos cinco militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do cônsul do Japão em São Paulo. (VER "RECORDANDO A HISTÓRIA" - "O SEQÜESTRO DO CÔNSUL DO JAPÃO").

- Diógenes ficou pouco tempo no México, indo rever seus amigos em Cuba, onde ficou por cerca de um ano. Em 25 Jun 71, saiu de Cuba e foi para o Chile, que havia se tornado, com Allende, a nova "Cuba sul-americana". Com a queda de Allende, em Set 73, retornou ao México e daí foi para a Europa, onde esteve em diversos países, dentre os quais a Itália e a Bélgica.

- Em fins de 1974, radicou-se em Lisboa, onde permaneceu um ano.

- Em Jan 76, iniciou seu périplo africano, onde foi para Angola e Guiné-Bissau, sempre junto com sua então companheira Dulce de Souza Maia, a "Judith" da VPR.

- Em 1979 e em 1981, representando o governo de Guiné-Bissau, esteve no Brasil por alguns dias.

- Em 1986, era o assessor do vereador do PDT Valneri Neves Antunes, antigo companheiro da VPR e fazia parte do movimento "Tortura Nunca Mais".

- Na década de 90, ingressou nos quadros do PT/RS, sempre assessorando seus líderes mais influentes.

- Era o Diógenes da VPR. Hoje, é o Diógenes do PT.

- A aposentadoria do terrorista – o Ministro citado na Portaria é Tarso Genro:
Publicada no Diário Oficial da União de 24 de janeiro de 2008 – pág. 38
Ministério da Justiça – GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 112 DE 23 DE JANEIRO DE 2008
O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legais, com fulcro no artigo 10 da Lei nº 10.559, de 13 de novembro de 2002, publicada no Diário Oficial de 14 de novembro de 2002 e considerando o resultado do julgamento proferido pela Comissão de Anistia, na 75ª Sessão realizada no dia 06 de setembro de 2007, no Requerimento de Anistia nº 2003.01.17477, resolve: Declarar DIÓGENES JOSÉ CARVALHO DE OLIVEIRA portador do CPF nº 428.216.490- 53, anistiado político, concedendo-lhe reparação econômica, de caráter indenizatório, em prestação mensal, permanente e continuada, correspondente ao cargo de Auxiliar Administrativo, conforme informado pela Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul – CEEE – GT, no valor de R$ 1.627,72 (um mil, seiscentos e vinte e sete reais e setenta e dois centavos), com efeitos retroativos da data do julgamento em 06.09.2007 a 05.10.1988, perfazendo um total retroativo de R$ 400.337,73 (quatrocentos mil, trezentos e trinta e sete reais e setenta e três centavos), e a contagem do tempo, para todos os efeitos, do período compreendido entre 06.06.1966 e 10.10.1979, nos termos do artigo 1º, incisos I, II e III da Lei nº 10.559, de 2002.

- Diógenes , por muito tempo, foi presidente do Clube de Seguros da Cidadania, em Porto Alegre, órgão encarregado de coletar fundos para o PT.

- Com a indenização e aposentadoria, não deve mais estar trabalhando.

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