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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Mistério do Casarão


Os alertas sonoros e as luzes de emergências das viaturas ligadas anunciava que a polícia estava em todo bairro a procura de meliantes. Henrique, Felipe e Sergio tentavam se esconder de qualquer forma por que estavam portando grande quantidade de drogas.
A noite fria e chuvosa não deixava muita alternativa, por todo bairro a única saída seria se esconder no Casarão abandonado do final da rua. Felipe chamou os amigos para seguirem para o Casarão abandonado.
- Henrique, vamos nos esconder no Casarão, é único ligar que podemos ficar sem perturbação da polícia, ninguém entra ali. – Diz Felipe tentando convencer os amigos.
- Você deve estar muito drogado cara? Aquele lugar é mal assombrado, todo mundo fala que depois da briga da família pelo Casarão ninguém mais entrou lá. – Diz Sergio com aspecto de medo em sua face.
- Se ninguém mais entrou lá, então neste momento é o lugar ideal para um esconderijo até a polícia sumir das ruas para voltemos para casa, vamos logo para o Casarão. – Diz Henrique convencido da ideia de Felipe.
- Sei não? Não acho boa ideia, não sabemos o que tem naquele Casarão. – Resmunga Sergio demostrando medo.
- Quando chegarmos lá você dar uma cheirada ou acende um cachimbo e tudo vai ficar na boa, não esquenta. – Diz Felipe sorrindo para o amigo.
A porta dos fundos do Casarão é aberta vagarosamente e os olhares atentos de Henrique, Felipe e Sergio começam a percorrer todos os cômodos observando os detalhes ou procurando alguma coisa estranha no lugar que desarrumado e sujo confirma o abandono.
Os três amigos procuram um lugar para se acomodarem e um sofá antiquado coberto por um cobertor empoeirado se torna o lugar ideal para os invasores. Sergio ainda com muito medo ajeita um cachimbo com uma pedra de craque e começa a acender. Henrique irritado dar uma tapa em sua cabeça e reclama:
- Cara deixa de ser vacilão, acabamos de entrar e você quer nos denunciar?
- Estou morrendo de medo, se não fizer a cabeça vou sair daqui correndo, vê só o aspecto deste Casarão parece um daqueles dos filmes de terror. – Diz Sergio demostrando medo em sua fala.
- Acende esta porra, mas vai ali para debaixo da escada e esconde a faísca para não nos denunciar filho da puta. – Diz Felipe irritado com Sergio.
Sergio anda em direção da escada e se esconde em baixo para acender o cachimbo. Quando dar a primeira puxada forte olha em direção de uma porta aberta e vê que uma pequena luz reluz brevemente como se alguém estivesse fumando um cigarro. Com medo Sergio corre em direção dos dois amigos e faz o alerta:
- Tem alguém dentro do Casarão além de nós? Acabei de ver um cigarro acesso naquele cômodo bem escuro que parece ser a biblioteca. – Diz com os olhos arregalados de medo.
- Fica quieto, se tiver alguém ele ainda não nos viu, então vamos surpreendê-lo para que ele não nos denuncie a polícia. – Diz Henrique tentando conter a euforia de Sergio.
Os três começam a andar com cuidado para tentar surpreender o outro visitante. Quando estão bem perto o rosnar de um cão os fazem ficar em alerta. O invasor percebe que não estar sozinho e começa a procurar na escuridão a
presença de alguém, mas não consegue descobrir ninguém.
Felipe observa com mais precisão e vê que um Velho maltrapilho esta sentado em uma cadeira velha com um filhote de pitbull em seu colo. O filhote de pitbull rosna com mais raiva como se fosse defender o Velho.
O Velho percebe que vai ser atacado e reage se posicionado para uma luta. Os três aparecem em sua frente e o filhote de pitbull parte para o ataque, por ser ainda pequeno é atacado por um chute de Henrique e depois recebe uma pancada de um pedaço de pau dada sem piedade por Felipe que esboça um sorriso após o feito.
O Velho vendo o seu cão sendo abatido parte para cima dos três com vontade de matar alguém. Suas forças já não é sua melhor arma, logo que reage Sergio agora já com a cabeça feita aplica um golpe certeiro no velho que cai levantando a poeira do chão sujo do Casarão. Henrique sem piedade e também sob o efeito de cocaína se diverte ao atacar o Velho com chutes e pontapés.
Sergio menos violento tenta conter os amigos com medo que o Velho seja morto pelos dois descontrolados, mas sua tentativa não trás resultado logo o Velho está no chão misturando seu sangue com a poeira do Casarão abandonado.
Sergio vê que o Velho dar seus últimos suspiros e falece por ter seu pescoço quebrado pela pancada violenta de Henrique.
- E agora o que vamos fazer? Vocês são loucos, matou o Velho, o que vão fazer com corpo? – Diz Sergio preocupado.
- Tem um porão ali, vamos jogá-lo lá que vai apodrecer e ninguém vai descobrir, o Casarão estar abandonado mesmo! – Diz Felipe tentando resolver o problema.
- Boa ideia, vamos fazer isto mesmo e quando parar a chuva vamos embora desta porra de Casarão sujo. – Diz Henrique abraçando os amigos.
Felipe e Henrique pegam o corpo do Velho e joga no porão observando quando sai descendo pela a escada velha e derrubando coisas até se acomodar no chão levantando poeira que é revelado pelo um pequeno feixe de luz que cruza o cômodo sujo do Casarão.
Sergio observa e vê pela luz do poste da rua que a chuva estar bem fininha e a polícia não têm sinal de sua presença, então chama logo seus amigos para irem embora.
- Vamos embora logo? Tá tudo limpo, não tem ninguém na rua?
- Vamos logo sair desta merda de Casarão, mas vou dar mais uma cheirada para chegar a minha casa e cair no sono. – Diz Henrique com um sorriso estampado no rosto.
Os três deixam o Casarão para trás e seguem rua abaixo em uma madrugada fria e chuvosa. O filhote de pitbull começa a reagir tentando levantar lentamente, bem machucado começa a choramingar pelo resto da noite até o dia amanhecer. Já com suas forças retomada o filhote de pitbull procura seu dono pelos cômodos do Casarão até chegar à escada que dar acesso ao porão e sente o cheiro do sangue do seu dono que se espalha pelo chão sujo, empoeirado e com pouca luz.
O filhote de pitbull ainda debilitado desce a escada bem devagar até chegar o Velho que já estar frio e com o corpo duro. Percebendo que estar morto o filhote de pitbull começa uivar sem parar como se chorasse a morte de seu dono.
Seu uivo é ouvido por toda vizinhança que já tinha receio do Casarão e agora com o grito lamentoso de um cão o mistério que envolvia aquela velha casa cada vez mais aumentava o medo que todos tinham de chegar perto da casa abandonada.
Por dois dias o cão ficou deitado sobre seu dono sem reagir naquele porão escuro e sujo. No terceiro dia em uma noite de lua cheia o filhote de pitbull voltou a uivar com mais agouro.
Um pequeno raio da lua entrou por uma pequena brecha clareando o chão sujo do porão. O filhote começou a dar volta sobre si, uivar e choramingar como se seu dono estivesse voltando.
O cão sentou-se diante do corpo do Velho e um espectro começou a surgir do corpo do Velho fazendo o filhote latir e correr de um lado para outro de felicidade. O espectro abaixou-se acariciou a cabeça do cão e subiu a escada em sua companhia.
Três anos tinha se passado e novamente Henrique, Sergio e Felipe estavam fugindo da polícia e coincidentemente se depararam com portão do Casarão como única alternativa para a fuga. Henrique não pensou duas vezes e começou a entra sendo seguido por Felipe. Sergio ficou para trás se recusando a entrar novamente no Casarão abandonado.
- Vamos logo Sergio, a polícia estar bem perto, e aqui eles não vão nos procurar! – Diz Henrique tentando encorajar Sergio.
- Vocês estão doidos e cheios de drogas, não vou entrar ai nunca mais. Vocês esqueceram o que fizeram com Velho, ai não entro. – Diz Sergio demostrando medo e com olhos de pavor.
- Já faz muito tempo e ninguém encontrou o corpo e comentou nada, então estar tubo bem, deixa de frescura e vamos entrar seu frouxo. – Diz Felipe provocando Sergio.
- Mas não vou mesmo, se quiserem podem ir vou tentar escapar da polícia, mais ai não entro. – Diz Sergio fugindo em seguida pela rua escura do bairro.
Henrique e Felipe entram e se escondem no Casarão. A noite não parecia ser diferente, mas começou a nublar e um nevoeiro intenso começou a se formar no fim da rua se aproximando vagarosamente do Casarão.
A escuridão tomou conta de toda a cidade e o bairro parecia mais escuro que os outros. O Casarão ficou sombrio e denso deixando Henrique e Felipe com aspecto de medo.
No meio da noite um assobio intenso ecoa no Casarão chamando atenção de Henrique e Felipe que ficam sem saber de onde veio. Um olha para o outro e ficam sem saber o que fazer. Agora vinha em suas mentes o aviso de Sergio que preferiu fugir dali podendo ser preso pela polícia de que arriscar a entra no Casarão novamente.
O assobio ecoa novamente, agora mais perto. Com medo Henrique começa a andar de um lado para outro enquanto Felipe fica pedindo para que se acalme.
O escuro é intenso e o medo é parceiro dos dois que percebem que não estão sós. Um rosnar raivoso é escutado, mas Felipe e Henrique ainda não sabem de onde veio. Novamente o rosnar raivosa se repete, mas agora em outro local fazendo com que um fique de costa para outro procurando de onde veio aquele barulho assustador.
Caminhando de costas Henrique e Felipe encontra uma parede, sem poder se mover ficam aguardando algum acontecimento. O cão vira lata se aproxima dos dois com aspecto amistoso.
Henrique olha para Felipe e vê que não há qualquer explicação para aquela situação. O cão fica parado em posição de ataque, mas um assobio o faz recuar e permanecer parado.
Outro cão, agora um pastor alemão surge de dentro da escuridão e se aproxima também bem amistoso com Henrique e Felipe. Os olhos agora arregalados ficam fitando os cães e sem reação nada fazem aguardando o desenrolar daquela situação inusitada. A droga que os consumiam tinha os deixado sem mobilidade para fugir ou reagir a um confronto de sobrevivência.
Um rosnar agora com mais rigor provoca pavor aos os dois que encostados à parede não esboçam qualquer reação. Um pitbull de grande porte aparece e seu olhar demostra seu ódio e feracidade incontrolável, mas outro assobia os faz controlar seu ataque.
Henrique e Sergio com os olhos arregalados de pavor ficam aguardando o dono do assobia para saber se suas vidas estão salvas ou se a morte os aguarda naquela noite intensa.
Um espectro começa a surgir de uma das portas fazendo com os cães balancem os rabos como se obedecessem ao seu comando. O medo de Henrique e Felipe agora predem suas respirações quando observam que o espectro que surge é do Velho que eles mataram há três anos.
O espectro se posiciona a frente dos cães e anda de um lado para o outro olhando criteriosamente Henrique e Felipe. Os cães esboçam um ataque, mas são contidos com um gesto do espectro que levanta a mão evitando a ação dos animais.
A chuva começa a cair lá fora aumentando ainda mais a escuridão. Tudo estar sob controle e o espectro começa a sair bem devagar da frente de Henrique e Felipe quando o rosnar dos cães se tornam mais intensos e raivosos.
A intensidade da chuva aumenta quando o espectro faz um sinal e os cães atacam Felipe e Henrique que tentam se defender, mais não tem como, como são muitos ferozes e atacam sem dor, não há saída. O grito de dor é abafado pela chuva e a distância das casas vizinhas não deixa qualquer vestígio do que estar ocorrendo dentro do Casarão. Aparecem outros cães que também começar a atacar dilacerando seus corpos deixando pedaços por todo Casarão.
A chuva começa a diminuir e a noite volta ao normal. Alguns cães vagam pela rua escura do bairro procurando restos de comida nas lixeiras das casas. Um assobio intenso é ecoado em todo bairro e os cães que vagam pelas ruas começam a correr na direção do Casarão como se obedecem ao seu comando.
O último cão a chegar ao Casarão olha para o final da rua como se observasse se não tinha ficado algum cão para trás. Um reflexo da luz da lua agora imponente no céu entre algumas nuvens escuras que vão se afastando abrindo a imensidão reflete nos olhos do cão que começa a correr entrando no Casarão sob uma grande neblina que permanece densa.
No outro lado do bairro Sergio é preso pela polícia que começa a falar coisa sem nexo debilitado pela droga. Sergio é internado em uma clínica e todas as noites de lua cheia um cão aparece à frente de sua janela e uiva intenso e lamentoso o deixando em pânico. O cão só vai embora após ouvir um longo assobia que invade a noite e o faz correr pela rua em direção do Casarão abandonado.

fonte: sobrenatural.org

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