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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Programa Cruzeiro do Sul

Ilustração da Família de Veículos Lançadores
do Programa Cruzeiro do Sul (PCS)
     Um novo plano chamado PROGRAMA CRUZEIRO DO SUL (PCS) vem sendo conduzido conjuntamente pelo CTA e AEB em parceria com os russos e contará com o desenvolvimento de 5 novos foguetes lançadores de satélites até 2022.
     Antes desses 5 foguetes do PCS, haverá ainda o 4º, o 5º e o 6º teste do VLS-1 (V04 / V05 / V06), entre os anos de 2010 e 2012 (previsão inicial era entre 2007 e 2009.
 
 
 Reportagem da TV Brasil antes do
teste de motor em 20/10/2008

 
     Somente em 20 de outubro de 2008, com grande atraso, era feito o teste do motor do primeiro estágio do VLS-1, em São José dos Campos (SP). O teste foi assistido pelo Ministro da Defesa, Nelson Jobim e pelo Comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juni Saito.
Ministro Jobim no CTA em
20 de outubro de 2008
     O VLS-1 V04 deverá ser lançado em 2010, sendo o primeiro depois do acidente de 2003, em Alcântara. Ele levará apenas 2 dos 4 estágios normais, mas com 25 modificações recomendadas pela consultoria russa da State Rocket Center "Makeyev" Design Bureau (SRC).
     Já os V05 e V06 deverão receber os 4 estágios, mas somente o V06 deverá levar algum satélite por volta de 2012, na melhor das hipóteses dos intermináveis contingenciamentos vindos da Era Lula. Somente aí estará havendo o 1º lançamento do novo PCS, o ALFA
 Teste do motor do primeiro estágio do VLS-1 na Usina Coronel 
Abner, nas dependências do IAE, instituto do CTA.
 
PROGRAMA CRUZEIRO DO SUL (PCS)
     Em 24 de outubro de 2005, O Governo brasileiro apresentou seu ambicioso PROGRAMA CRUZEIRO DO SUL, que será conduzido conjuntamente pelo CTA e AEB em parceria com os russos e contará com o desenvolvimento de 5 novos foguetes lançadores de satélites até 2022, a um custo estimado de US$ 700 milhões.
     Este Programa poderá representar a independência do Brasil em termos de tecnologia de lançadores e a possibilidade de colocar nossas indústrias em condições de concorrer no mercado internacional de lançadores, gerando tecnologia, receita de exportação e empregos de alto nível.
     A parceria com os russos começa pela revisão técnica do projeto VLS-1 e serviços de consultoria na área de engenharia. Detalhes do intercâmbio científico entre os 2 Países foram acertados durante a visita do vice-primeiro ministro da Rússia, Bóris Alioshin, ao Brasil, em 2004.
     Encontros mantidos entre cientistas da AEB, da agência russa RFSA - Russian Federal Space Agency (ex-Rosaviakosmos), e do INPE, além de representantes do Comando da Aeronáutica e empresários do setor, serviram para discutir os trabalhos conjuntos, sob a supervisão de técnicos da agência espacial russa.
     O nome CRUZEIRO DO SUL é uma referência à constelação de 5 estrelas. Cada uma delas dará o nome a cada novo foguete lançador de satélites:

  • ALFA;
  • BETA;
  • GAMA
  • DELTA
  • EPSILON

     Enquanto o ALFA chegará a até 750 km da Terra, o DELTA e o GAMA atingirão 1.000 km. Enquanto o primeiro satélite levado pelo ALFA, o Equars, pesará 135 quilos, deverá seguir no DELTA o CBERS-4, chegará a 2 ton.
     O lançador ALFA seria uma evolução direta do VLS-1. Originalmente, o foguete é composto por quatro estágios, todos movidos a combustível sólido. O ALFA trocará os últimos dois estágios sólidos do VLS-1 por um de combustível líquido.
     Já o EPSILON, objetivo final do programa, é idêntico ao lançador ÓRION, proposto pelo consórcio internacional OrionSpace para a realização de vôos a partir do CTA. Os 3 demais lançadores também serão de configuração russa da OrionSpace.
     A combustão líquida dos novos foguetes brasileiros, assim como a do ÓRION, é baseada em querosene e oxigênio líquidos, opção adotada pelos tradicionais e confiáveis lançadores russos SOYUZ.
     Com o sucesso do PROGRAMA CRUZEIRO DO SUL, o Brasil estará capacitado a fazer praticamente qualquer tipo de lançamento, como os de satélites geoestacionários do novo SGB.
Com o PCS, o Brasil terá condições favoráveis de competição no mercado mundial de lançamento de satélites civis e militares, estimado em mais de US$ 30 bilhões em um período de 10 anos.

A ORIONSPACE E O PCS

     Antes mesmo da decisão pelo cancelamento do primeiro Projeto FX da FAB, um consórcio de empresas russas abriu em 2003 uma companhia no Brasil para oferecer serviços de lançamento de satélites a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.
     Fazem parte desse consórcio a OrionSpace Ventures (OSV), as empresas State Rocket Center "Makeyev" Design Bureau (SRC), a Design Bureau of Transport Machinery (KBTM / sócia da Sea Launch), e empresas brasileiras. A SRC vem participando da retomada do VLS-1.
     A OSV tem responsabilidade estratégica geral de gerenciar o desenvolvimento das atividades mundiais do projeto e adquiriu os direitos exclusivos dos sistemas de lançamento Orion projetado, fabricado e operado pelos russos.
     O Projeto de Sistemas de Lançamento Espacial ÓRION (ver PDF), iniciado em 2003, será gerenciado por uma empresa brasileira - a ORIONSPACE INTERNACIONAL S.A. (OSI), aberta em Fortaleza, Ceará, em razão dos benefícios fiscais oferecidos.
     Também foi criado um escritório central em Brasília. A OSI estabelecerá empresas subsidiárias em outros Países para prestar assistência no pleno desenvolvimento do projeto.
     Pela proposta do grupo, será desenvolvido um veículo lançador de grande porte, chamado ÓRION, que será o mesmo EPSILON do PROGRAMA CRUZEIRO DO SUL, com base em tecnologia das empresas russas para os lançamentos comerciais a partir do CLA, em Alcântara, Maranhão.
Ilustração do foguete lançador ÓRION,
com as bandeiras brasileira e russa.
(Arte OrionSpace)


Além do ÓRION, será desenvolvida toda uma família de lançadores de satélites de diversos portes, que combinaria as tecnologias envolvidas no projeto russo com as já criadas pelo Brasil para o seu pequeno VLS-1. Assim, já ficava claro que o ÓRION viria a servir como um destino evolutivo para o programa do VLS brasileiro.
     Vários passos tecnológicos que poderiam ser introduzidos no VLS - propulsão líquida, aperfeiçoamento dos propulsores sólidos - poderiam depois ser usados em várias configurações do veículo ÓRION para oferecer novas capacidade para lançamentos brasileiros e comerciais.
     As mesmas empresas russas envolvidas no ÓRION prestariam assistência na preparação do lançamento do VLS-1 V04, agora ALFA, prometido para até o fim de 2006 pelo Presidente Lula. Um VLS-2, agora BETA, com propulsão líquida poderia ser lançado em 2008.
     A ÓRION poderá levar satélites pesando até 6 toneladas em Órbita de Transferência Geoestacionária (Geostacionary Transfer Orbit - GTO) e poderá levar satélites pesando mais de 14 toneladas em Órbita Terrestre Baixa (Low Earth Orbit – LEO).
     Esta condição do veículo de lançamento ÓRION aumenta consideravelmente o seu mercado alvo em relação à maioria dos sistemas concorrentes.

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